UM TEMPO SOZINHA

Apesar de não parecer, sou uma pessoa muito introvertida.

Essa característica me faz alguém que tira a energia de forma diferente das pessoas extrovertidas. Gosto do silêncio e da introspecção e tenho necessidade de estar sozinha para recarregar as minhas energias.

Há pessoas introvertidas que recarregam suas energias em contato com a natureza. No meu caso até tentei esses dias ir a uma praça aqui perto para ler um livro e meditar, mas um bando de pernilongo começou a me morder, e o que era para ser paz virou inferno! Deixo a natureza para ser admirada no inverno, de uma ponte, trem ou museu. No verão, uma paisagem em um quadro na parede já está ok!

Momentos comigo mesma trazem muito conforto e alegria também! Necessito de ambientes com menos estímulos, menos pessoas e menos sons (exceto o show do Bon Jovi! Hehehe). Isso não quer dizer que eu não goste de socializar. Pelo contrário!
Eu gosto de estar com pessoas queridas, ir a festas, mas preciso mais de momentos sozinhas do que pessoas extrovertidas precisariam.

Ficar só, para mim, não significa ficar solitária. Não devemos julgar as necessidades e a maneira de ser de outras pessoas a ponto de rotulá-las.

Agradeço à minha família por entender essa necessidade de me retirar de vez em quando, de viajar para longe, e assim reorganizar meus pensamentos. Pessoas são diferentes e nem todo mundo precisa fazer o que eu faço para se sentir renovado.

Ficar um mês em um país distante, a maior parte do tempo em silêncio, vendo o movimento das pessoas nas cidades é algo impagável para mim!

Vou ao cinema sozinha, vou a um restaurante ou café, a um show, e está tudo bem! Há quem prefira companhia sempre, ok!

Há muitas pessoas como eu, que ainda lutam contra seu jeito de ser, como eu também já lutei. Já me achei esquisita a ponto de forçar a minha natureza e fazer o que não estava com vontade. (Tipo "Festa estranha com gente esquisita, eu não tô legal! ...)

Hoje me sinto livre e confortável, conectada com aquilo que me traz paz. Se tiver vontade de ficar um dia inteiro lendo um livro até finalizá-lo, porque não vejo a hora de saber o final, eu o faço. E está tudo bem!

Não troco a minha maturidade pela minha juventude!

NUREMBERGUE, ALEMANHA 2020

 Nuremberg, uma cidade ao norte da Bavária, possui arquitetura medieval, como as fortificações e as torres de pedras de Altstadt (Cidade Velha). É como estar em um filme da Idade Média. Fez-me lembrar de Edimburgo, Escócia. Fica a uma hora de trem de Munique. O governo alemão baixou as passagens de trem na virada do ano, para incentivar a sustentabilidade. Tive sorte de não ter comprado com antecedência, paguei apenas 21 euros.

Logo na saída da Estação Central, está a entrada para a cidade antiga, onde há o Mercado dos Artesãos, com construções típicas medievais.

No Museu Nacional Germânico está o primeiro Globo Terrestre, feito em 1492, pouco tempo antes do descobrimento das Américas, que, obviamente, ainda não estavam no mapa.

O Castelo de Nuremberg é um conjunto de edifícios medievais fortificados em um cume de arenito no alto do centro histórico de Nuremberg, Alemanha.

O castelo e as muralhas da cidade são grandes fortificações medievais. Representavam o poder e a importância do Sacro Império Romano e o papel de destaque da Cidade Imperial de Nuremberg.

A Igreja de São Lourenço, Lorenzkirche em alemão, foi erguida no século XIII.

A Frauenkirche foi reconstruída após ser bombardeada durante a Segunda Guerra. A original era do século XIV e foi encomendada pelo imperador Carlos IV. A parte superior possui um relógio e bonecos que fazem uma apresentação há muitos séculos, ao meio dia.

A Schöner Brunnen (bela fonte), de 17,30 m de altura e com 40 personagens da história, dentre eles heróis, filósofos, reis, profetas e figuras bíblicas, fica na Praça Central de Nuremberg.

Na grade que cerca a fonte está o famoso anel dos desejos (Wunschring em alemão). Existe uma tradição de girá-lo três vezes para voltar a Nuremberg.

Andar pelas ruas próximas ao rio em Nuremberg é um passeio muito agradável. Há inúmeras pontes na cidade, cada uma com uma história, que nos fazem transportar para a Era Medieval.

A loja do verdadeiro pão de gengibre alemão, popularizado nas histórias dos Irmãos Grimm, como Joãozinho e Maria. Faz lembrar o nosso pão de mel, só que a massa é mais leve e amanteigada.

O Palácio de Justiça de Nuremberg abriga um museu que conta a história do julgamento dos criminosos do Nazismo com fotos e vídeos. A sala 600, em que houve o julgamento, é aberta à visitação. É um passeio que deve ser incluído no roteiro de quem visita a cidade.

Nuremberg foi escolhida como sede oficial dos comícios do partido nazista. Foi construído um prédio para congressos, que não foi terminado. Nesse lugar fica o Reichsparteitagsgelände, o centro de documentação nazista de Nuremberg.

O ingresso para o centro custa 3 euros para adultos e 1,50 para estudantes.

Há uma exposição permanente chamada “Fascinação e Violência”, que foi inaugurada em 2001 e conta a história do nazismo.

Não é preciso pagar para conhecer o prédio inacabado do Congresso.

O campo zeppelin está localizado a leste da Große Straße. É uma tribuna com 360 metros de comprimento, inspirado no Altar de Pérgamo. Havia uma suástica no topo, que, ao final da guerra, os norte-americanos explodiram. Os pilares foram removidos por volta dos anos 70.

O lugar é decadente e mal cuidado. Há placas avisando que subir as escadas fica por conta e risco de quem o fizer. É mantido para lembrar o horror da guerra apenas. Se fosse restaurado, seria exaltação ao nazismo e se fosse derrubado seria como esconder a história.

Os alemães são muito sensatos em deixar como está. Não me senti à vontade para aparecer nas fotos. É uma sensação estranha estar onde um líder responsável pelo holocausto também esteve. Abomino a ideia de qualquer demonstração de graça ou felicidade em lugares assim. É algo bem pessoal. Havia pessoas tirando fotos e fazendo poses, inclusive, a saudação de Hitler. Isso é um tremendo desgosto e afronta às vítimas. Se houvesse guardas ali, essas pessoas seriam presas.