terça-feira, 13 de dezembro de 2016

FAÇA O QUE TIVER VONTADE NO TEMPO CERTO





Nunca é tarde para que os nossos sonhos se realizem. Cada um tem o seu momento e sabe o que é melhor para si. Eu me formei, saí da casa dos meus pais, casei, construí uma carreira e adquiri com meu marido o necessário para viver com tranquilidade e sem luxo. Não é fácil, porém todo o esforço valeu e tem valido a pena. Quando achei que era a hora, fui atrás dos meus sonhos, e continuo trabalhando para isso.
Hoje eu li em um grupo de viagem da qual partcipo a seguinte postagem de uma seguidora:
"...Há exatamente um mês me aposentei e resolvi morar onde minha mala está. Organizei toda uma bagagem acumulada nos meus 56 anos dentro de uma mala. Até agora estou maravilhada comigo e com o mundo. Já passei por Belém, Santarém, Manaus e agora em São Paulo. Daqui só Deus sabe."
Essa 'bagagem acumulada' a que ela se refere pode ser entendida de muitas maneiras. Não há idade, regras, lugar, nem tempo para ser feliz fazendo o que se gosta, seja olhando o mar, a montanha ou os arranha-céus pela janela, lendo seus livros ou assistindo aos seus programas favoritos

terça-feira, 25 de outubro de 2016

NÓS NÃO SOMOS O QUE POSSUÍMOS





Há uns dias assisti a um vídeo no Youtube sobre técnicas de organização para uma vida melhor. De fato, ultimamente tenho me preocupado em analisar a utilidade de cada item existente em meu apartamento e decidir se o descarto ou permaneço com ele. Já li os dois livros de Marie Kondo, uma autora japonesa que ensina maneiras de "destralhar" a vida, e passei a adotar o desapego como lema.

O vídeo em inglês é do autor Andrew Mellen, um expert em organização, que ensina as pessoas a arrumar a casa, o trabalho e a vida, utilizando 3 princípios básicos: 1) tudo tem o seu lugar; 2) itens similares juntos; 3) quando algo entra, algo sai (tradução minha).

Parecem as palavras da nossa mãe na infância mandando arrumar o quarto, no entanto, se elencarmos esses princípios seriamente, teremos menos trabalho. Aliás essa é a proposta: organizar as coisas para que não precisemos passar a vida toda procurando objetos perdidos e acumulando coisas que não usamos mais, ou nem mesmo sabíamos que tínhamos.

O autor defende a mesma ideia de Marie Kondo sobre se desapegar de coisas que não têm mais valor algum ou que guardamos porque pertencia a um ente querido, levando-as como um fardo, sentindo-nos culpados se as descartarmos.

O primeiro princípio "tudo em seu lugar" refere-se a termos um lugar específico para todas as coisas em nossa casa. Por exemplo, nossas chaves, ao chegarmos da rua, vão diretamente para uma caixa ou para um porta-chaves pendurado na parede. Isso vale para tudo o que possuímos, desde objetos utilizados no dia a dia, como a cafeteira, que pode estar em uma bancada, com fácil acesso a todos na casa, ou um martelo, que é utilizado de vez em quando, sabendo-se que o seu lugar é na caixa de ferramentas.

Os livros estão sempre na estante da sala ou escritório, com exceção do livro de receitas que precisa estar na cozinha para o preparo de uma receita. Mantém-se o princípio de que as coisas devem ser disponibilizadas de maneira que facilitem o manuseio.

Esse princípio eu  sempre tive como essencial, sempre fui uma pessoa organizada e me incomoda ver as coisas espalhadas por toda a parte. Isso significa que se alguém me pedir uma tesoura, agulha, fita adesiva ou qualquer outra coisa, eu sei exatamente onde encontrar. Essa prática me faz economizar tempo e dinheiro até, pois muitas pessoas acabam comprando coisas repetidas porque não sabem onde colocaram algum objeto. O autor fala que, em média, uma pessoa passa um ano da vida procurando por objetos perdidos.

O segundo princípio "itens similares juntos" é sobre colocarmos os objetos da mesma categoria em um mesmo local, para visualizar a utilidade de tudo o que temos, avaliando a real necessidade de cada item. Por exemplo, temos um lugar para colocar todos os materiais de escritório, artesanato etc.
Assim, podemos decidir se precisamos comprar mais, ou podemos nos desfazer de algum item. Como mencionei, sempre fui uma pessoa organizada, mas ao mesmo tempo, era acumuladora de "tranqueiras" e isso não é nem um pouco saudável, pois gastava muito tempo tirando o pó das prateleiras e das coisas à mostra, tendo muitas caixas dentro e em cima do guarda-roupa, as quais não tocava há tempos. A partir do momento em que resolvi "me livrar" do excesso, tudo consequentemente mudou. O sentimento de alívio veio imediatamente, além do fato de estar ajudando as pessoas para quem direcionei os objetos. Essa decisão foi um divisor de águas em minha vida.

Para citar um exemplo prático dessa decisão, tenho em minha cozinha, somente o que uso. Livrei-me dos talheres, pratos, xícaras e outros objetos em excesso. Não preciso de duas espátulas de bolo. Se receber mais pessoas em casa, programo-me, empresto, uso descartáveis, enfim não preciso viver a vida toda com a cozinha cheia de objetos que uso de vez em quando. Somos apenas eu e meu marido em um apartamento pequeno.

Mantendo essa mesma ideia, o terceiro princípio, "quando algo entra, algo sai", faz-nos pensar sobre cada item novo que adquirimos. Devemos avaliar a real necessidade da compra. O autor é bem realista em relação a isso. Ele afirma que, se você tem uma casa grande e espaço para 100 sapatos, ao comprar o sapato de número 101, pode se desfazer, doando um de sua coleção. A quantidade de coisas que temos deve nos fazer feliz e não ser um entrave para deixarmos de fazer o que gostamos porque estamos preocupados em manter o que temos.

É muito comum nos Estados Unidos as pessoas guardarem objetos que não usam, ou não cabem em suas casas, em depósitos alugados. Há um preço para se armazenar tudo, e fazendo a média do tempo que as pessoas deixam suas coisas nesses lugares, daria para comprar tudo outra vez gastando-se muito menos e tendo objetos novos e melhores. Essa regra não se aplica, claro, em caso de mudança em que a pessoa precise guardar suas coisas por um período em que esteja fora da cidade ou mudando de casa.

Ele frisa o fato de termos o que realmente é significativo para a nossa vida. Uma frase que achei muito interessante: quando tudo é precioso, nada é precioso. Precisamos olhar o que possuímos e eleger o que vale o nosso tempo e a nossa energia. Se a nossa casa pegar fogo, o que salvaríamos primeiro? Nossos filhos e bichos de estimação ou a porcelana centenária da nossa avó? Se soubéssemos quanto tempo ainda teremos de vida, como escolheríamos viver? Limpando e arrumando a casa ou brincando com nossos filhos, netos e bichos?

Todos nós temos coisas que guardamos e que pertenceram a nossos antepassados. Precisamos nos prender às lembranças boas e não somente aos objetos. Uma xícara que pertencia a nossa avó não é a nossa avó. Imagine se alguma dia esse objeto se quebra ou alguém o tira de nós. Vale a pena colocar em uma coisa a carga e energia de uma vida toda? Devemos avaliar o que realmente representa o amor que sentíamos por certa pessoa.

Eu guardo um item ou outro de pessoas e momentos significativos em minha vida e reservo um lugar especial para isso. Tenho uma cristaleira pequena em que mantenho lembranças de viagens e outras coisas que me fazem felizes. Nos outros cômodos e armários da casa, tenho coisas que utilizo no dia a dia e posso descartar quando não tiverem mais utilidades. Roupas, sapatos, móveis, eletrônicos, utensílios de cozinha etc, tudo isso pode ser substituído, pois são coisas e o propósito é me dar um conforto em casa, no trabalho e no lazer.

Nós não somos o que possuímos, mas a maneira que escolhemos viver as nossas vidas com as pessoas que amamos e o que nos deixa felizes. Cada um sabe o que é importante para si. Os filhos não lembrarão dos presentes caros que receberam, mas sim dos momentos felizes que os pais passaram com eles, seja em uma casa grande ou pequena, o que importa é o espaço de brincadeira, conversa, descontração. O que fica é a nossa história, a nossa essência.

As coisas vão e vêm e podem ser substituídas. Os momentos e as pessoas, não!






domingo, 23 de outubro de 2016

A REALIZAÇÃO DE UM SONHO DEPENDE DAS SUAS PRIORIDADES







Saudades desse lugar! Sonho realizado com muito esforço! Quando vi uma fita de vídeo-cassete sobre a Big Apple, aos 14 anos, na escola de inglês Inter em que estudei em Paranaguá, não imaginava que um dia veria tudo aquilo ao vivo! Foram anos de dedicação à carreira docente para ter a oportunidade de estar em Nova York. 
Desde os 17 anos, quando entrei na faculdade e comecei a lecionar, não soube o que é estar em casa à noite, pois ao terminar o Curso de Letras, comecei a trabalhar no período noturno e faço isso até hoje. Trabalhei um tempo na minha cidade e me mudei para Curitiba em busca de novas oportunidades. Acordando antes das 5 da manhã para pegar ônibus e dar aulas que começavam antes das 7 horas, conseguimos nos mudar para um lugar um pouco maior. 
Hoje olho para trás e me pergunto se faria tudo de novo e se teria as mesmas escolhas. Creio que as minhas escolhas foram consequências das oportunidades que tive, sendo assim, posso dizer de coração que não me arrependo. E o futuro a Deus pertence, então as minhas próximas escolhas também dependerão de oportunidades e, mais do que tudo, do meu empenho. 
Quando me aposentar, não vou parar de trabalhar definitivamente, mas sim diminuir o ritmo, dedicar-me aos estudos acadêmicos e continuar a realizar os meus sonhos, que é conhecer o máximo de lugares possíveis antes de morrer. 
E o Brasil? Quando irei conhecer? Quando tiver vontade. Há tempo para tudo nessa vida, não admito cobranças de quem não me conhece. Sou feliz assim, com gatas, sem filhos, com passaporte bastante carimbado, sem ambição material e com muita vontade de viver sempre!

sábado, 22 de outubro de 2016

ÔNIBUS HOP ON HOP OFF

Muitas pessoas perguntam se vale a pena pegar os ônibus de turismo "hop on hop off", aqueles em que você pode descer nos pontos turísticos, ver o que lhe interessa e pegar o próximo.
Eu diria que na maioria das vezes vale muito a pena, principalmente quando você chega ao destino depois de longas horas de viagem. Leva-se um certo tempo para se acostumar com o novo fuso horário e à nova rotina de férias. E se você tem apenas alguns dias na cidade, é uma ótima maneira de conhecer os principais pontos, mesmo que seja para uma foto.
Os tickets podem ser comprados pela internet aqui no Brasil, no hotel onde você se hospedar ou mesmo diretamente no ônibus. A maioria deles aceita cartões de crédito e há passes de 24 horas ou mais, dependendo do seu tempo disponível.
Muitas vezes é possível comprar passes em conjunto com atrações turísticas com desconto, e algumas empresas oferecem um livrinho com boletos de descontos em diversos restaurantes, cafés e outros serviços.
Eu gosto de pesquisar nos sites das empresas de ônibus do destino escolhido antecipadamente aqui no Brasil, para ir com uma ideia do tipo de passe que vou escolher. Geralmente compro lá, pois vejo se o hotel indica a melhor empresa e o melhor serviço.
Quase todos os ônibus têm mapas da cidade de graça e fones de ouvido com a gravação do roteiro em várias línguas, inclusive em português. Há aqueles com guias ao vivo em inglês, o que é bem interessante, pois é uma oportunidade de ouvir o sotaque do lugar.
Mesmo nos lugares em que fico por mais tempo, prefiro pegar o ônibus hop on hop off para ter uma ideia geral de tudo e escolher os pontos mais interessantes de visitar.

Amsterdã

Berlim

Budapeste 
Nova York

Lisboa




sexta-feira, 9 de setembro de 2016

PRECISAMOS FAZER AS NOSSAS ESCOLHAS


Quando somos pequenos, as escolhas são feitas para nós, pois não temos capacidade de decidir o que é melhor em cada situação. Escolhem nossa comida, vestimenta, educação, enfim somos o reflexo das escolhas dos nossos pais ou responsáveis. Com o passar dos anos, damos sinal de que somos capazes de fazer as nossas escolhas e vamos nos tornando independentes, conduzindo a nossa vida a partir do que cremos ser o melhor caminho a seguir.
Às vezes, mudamos o rumo da nossa vida, trocamos de emprego, desistimos de um curso e começamos outro, seguimos outra crença ou filosofia e deixamos de lado uma maneira de ser para experimentarmos uma vida mais intensa ou mesmo mais leve.
Se somos livres para decidir o que é melhor para nós na fase adulta, por que ainda nos preocupamos tanto com o que as outras pessoas pensam de nós? Por que agimos sempre para satisfazer as pessoas ao nosso redor? Por que precisamos da aprovação da sociedade para sermos felizes?
O tempo todo ouvimos as pessoas dizerem o que temos que fazer. Precisamos estar com o cabelo e o corpo de tal maneira, temos que ter uma carreira, uma casa grande, uma família de comercial de margarina, um carro do ano, os últimos inventos tecnológicos, enfim somos bombardeados com propagandas dizendo que só seremos felizes se adquirirmos determinados bens.
E vamos ouvindo "você tem que" todos os dias até o fim da nossa vida.
Não basta ser solteiro e querer viver sozinho. Você tem que casar. Não basta apenas casar. Você tem que ter filhos, senão será considerado egoísta. Não basta ter um apartamento confortável apenas com o suficiente para viver. Você precisa de um imóvel grande e outros bens também, além de um carro do ano, pois utilizar transporte público não é ideal para uma pessoa do seu status.
Você tem que conhecer o Brasil, antes de viajar para o exterior. De que valem tantas fotos em lugares magníficos, se você não conhece o seu país? Você tem que fazer aplicações com o seu dinheiro para dobrar o seu patrimônio. Você tem que, tem que, tem que...
Algumas pessoas me olham com estranheza ou pena quando digo que vou ao cinema sozinha. Ir a um restaurante sozinha então é algo fora da realidade. Uma mulher casada viajar sozinha é inconcebível em nossa sociedade. As pessoas tem que estar sempre dando palpites sobre o que é melhor para a nossa vida. Muitas vezes as boas intenções acabam invadindo a nossa privacidade. É preciso respeitar o espaço do outro e só sugerir algo quando realmente for solicitado.
Gosto de ficar em uma fila quieta, entrar em um táxi e permanecer calada, sentar em um parque e ler um livro sozinha, ouvir uma música em paz, entrar em uma igreja e me perder em pensamentos.
Aprecio também os momentos em família e com os amigos e aproveito as boas conversas e risadas, no entanto, há situações em que prefiro divagar e ouvir a minha mente apenas.
E não é por isso que "tenho que procurar um analista". Foi-se o tempo em que me cobrava para ser como os outros. As poucas vezes em que fui a um lugar tumultuado com música alta, me perguntei por que não preferi estar em casa lendo ou assistindo a um filme. Já fui a shows, mas com o propósito de ver o meu cantor ou banda favoritos, e não porque todo mundo estava indo.
Acho que sou crescida o suficiente para fazer as minhas escolhas. Ouço conselhos e decido o que é melhor para mim, só não sou levada pelo que os outros acham que é o mais certo fazer. Às vezes digo que vou fazer o que me sugeriram até para cortar a conversa e não prolongar a discussão. Confesso que algumas pessoas me dão preguiça, assim é melhor me calar, fingir que aceitei e fazer o contrário. Pode ser sarcástico, porém me poupa de aborrecimentos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

APRENDI A SER COMO SEMPRE QUIS SER


Aos 43 anos, quase 44, dou-me ao luxo de ser o que quiser ser. Já vivi tempo suficiente para deixar transparecer minhas vontades, gostos e preferências. Rugas tenho muitas, mas elas representam as marcas deixadas por anos de experiências bem vividas.

Não me arrependo de nada do que fiz durante esses anos e nunca digo que poderia ter feito diferente se tivesse outra oportunidade. Eu fiz o que tinha que ser feito e o que o meu coração mandava no momento. Não existe essa história de querer voltar no tempo. Se existisse, voltaríamos com a mesma cabeça e faríamos tudo outra vez da mesma maneira. Sendo assim, não devemos nos arrepender do que decidimos, pois foi o que nos cabia em determinada ocasião.

Essa foto me representa 100% e transparece todas as minhas vontades, preferências e escolhas de levar a vida. Cabelão bagunçado que não pretendo cortar tão cedo, pelo menos enquanto os brancos não vierem. Quando vierem, penso no que fazer. Odeio salão de beleza, tenho alergia a cheiro de esmalte, então corto as pontas em casa uma vez ao ano, algo impensável para uma sociedade como a nossa. Imagine! Uma mulher de mais de 40 anos, tão despreocupada com a aparência! Unhas então, que vergonha!

Na verdade eu sou é desprendida, não desleixada, mas despreocupada. É tão mais fácil ser assim! Gosto de comprar roupas, sapatos e outros itens femininos, no entanto, o faço quando surge uma oportunidade, deixei de ser compulsiva há tempos. Quando tenho uma festa mais formal, escolho dentre os dois vestidos formais que tenho no guarda-roupa, faço um coque no alto da cabeça, lixo as unhas e passo um esmalte incolor e ponho o meu único sapato de salto, um Picadilly Comfort, ou uma sapatilha Melissa preta delicada. Sim, já fui de Melissa a casamento.

Gosto de vestidos longos, que uso com jaqueta, cardigã e casaquinhos. Acho super prático para qualquer ocasião. Tenho vários, de várias cores, que uso para trabalhar e passear. Uso bolsas bem casuais, não me vejo usando uma bolsa com corrente ou algo parecido. Tenho umas três clutches que uso em ocasiões mais formais, uma preta, uma bege que comprei em Roma, baratíssima por sinal, outra com a bandeira da Inglaterra de strass, que comprei em uma ida à 25 de Março. Adoro a marca Kipling, mas só compro quando viajo, pois aqui no Brasil é impossível. Vou trabalhar de mochila, pois pego ônibus e acho mais fácil carregar tudo o que preciso.

Sapatos gosto do estilo "não machuca o pé". No inverno uso coturnos e botas bem confortáveis e no verão uso sapatilhas com um salto interno para evitar dor nas costas. Geralmente compro Usaflex, Cravo e Canela e Melissa, que são marcas que atendem às minhas necessidades lombares. Compro um ótimo tênis por ano para as caminhadas, questão de saúde.

Amo echarpes, lenços, chapéus, gorros, óculos grandes e colares longos. Quando viajo, uso o mesmo casaco o tempo todo. Esse da foto foi usado em minha última viagem durante um mês inteiro. Viajo no frio, então não suo. Lavo a roupa de baixo no quarto do hotel, inclusive as blusas térmicas e calças. Três de cada são suficientes para revezar durante os dias de viagens. O ar seco e calor do aquecedor secam as roupas da noite para o dia. Assim, com um casaco preto, um óculos Onassis, um cachecol e um gorro, sinto-me a pessoa mais importante do mundo, andando pelas cidades. Pelo menos na minha cabeça me vejo assim.

Meu perfume, também é marca registrada, é o Flowers da Kenzo. Compro quando viajo ou em alguma promoção na internet. Como não gasto muito dinheiro com maquiagem, dou-me ao luxo de comprar um perfume importado para usar o ano todo. Maquiagem é apenas o básico para não assustar as pessoas. Gosto de base, corretivo, lápis, rímel e batom no dia a dia. Em raras ocasiões, uso sombra e blush.

Esse é o meu estilo, sem muito a destacar, no entanto me sinto desprendida de padrões pré-estabelecidos. Não bebo, mas como o que tenho vontade, sem exageros. Não como carne vermelha por opção e como açúcar por opção. Amo doces, tortas, bolos, chocolate, mas me controlo para não desenvolver diabetes e outras doenças. Ando muito a pé, por não dirigir, o que me proporciona um condicionamento bom quando viajo, para carregar mala, subir e descer escadas de metrô e andar pelas cidades. Faço caminhadas regularmente, não gosto de academia. Gosto de nadar, mas perto da minha casa é muito caro, então prefiro andar e economizar dinheiro para viajar.

Trabalho no que amo, hoje consigo me organizar e trabalhar menos, para poder desfrutar do que construí até aqui. Gasto pouco, consigo comer em casa, o que me faz economizar uma boa grana e manter uma alimentação saudável. Claro que de vez em quando me rendo à coxinha da faculdade. E quem não se rende?

Tenho um apartamento confortável com o suficiente para viver tranquilamente. Sem luxos, nem móveis caros ou sancas, mas ideal para o meu estilo de vida atual. Prezo apenas por um bom colchão, sofá confortabilíssimo, que serve de mega cama para visitas (onde já dormiram minha cunhada, cunhado e 2 filhos pequenos ao mesmo tempo), TV grande para ver os meus filmes no NETFLIX, uma máquina de café e uma lavadora que lava e seca. Odeio estender roupa no inverno. No verão a roupa já sai quase seca.

Adoro bichos, tenho 4 gatas, cada uma com uma personalidade diferente. Só faltam falar, pois leem pensamento. Tenho poucas coisas à mostra por causa delas, quando dão para correr pela casa, não há vaso que pare em pé. Na verdade gosto disso, pois é mais fácil limpar e organizar em dia de faxina. Não tenho faxineira. Quanto mais coisas se tem, mais tempo se leva para arrumar. Prefiro gastar o tempo, lendo, vendo filmes e series e me reunindo com família e amigos.

Não tenho filhos, mas tenho sobrinhos maravilhosos. Todos "cuecas", inclusive os filhos da maioria dos meus primos, com exceção de algumas princesas fofas. Amo ser tia e madrinha. Tenho 4 afilhados, dois meninos e duas meninas. Todos queridos!

Como bem disse, a foto acima representa o que sou: alegre, mesmo às vezes estando triste por dentro, confiante, despojada, despreocupada e engajada em fazer de todos o melhor dia da minha vida.



EU NÃO ASSISTO TV (OU RARAMENTE ASSISTO TV)





Há algum tempo venho diminuindo o hábito de assistir TV em geral, aberta ou a cabo. Quando vim morar em Curitiba, há pouco mais de 20 anos, passei a trabalhar a noite, sendo assim, nem mesmo o noticiário e as novelas faziam parte da minha rotina. Na época da faculdade, eu também passava as noites fora, em aula, não tendo o costume de acompanhar alguma novela ou série específica.

Nessa época, só nos restava a TV aberta, em que os canais disponíveis eram Globo, SBT e Bandeirantes, dependendo de como a antena era virada. Bem isso, hoje as crianças e adolescentes nem imaginam a saga que era alguém ficar lá fora virando a antena, enquanto outro membro da família ficava em frente à TV gritando: "vira!", "vira mais!", "tá bom!", "passou!" etc. Havia também o famoso "Bombril" pendurado na antena interna. Desconheço o fator científico que fazia a imagem melhorar um pouco. Controle remoto não existia, nem precisava, pois com três canais, não havia muita opção. A vassoura ajudava às vezes.

Assistia à Globo, na maioria das vezes porque era o canal que pegava melhor e tinha os programas que mais nos interessavam. Quando estudava à tarde, depois de tomar o café, arrumar a cama e fazer a tarefa escolar, assistia ao "Balão Mágico" até a hora do almoço. Ao passar a estudar pela manhã, após o almoço e ajudar a mãe na louça, assistia à Sessão da Tarde, filmes com a Shirley Temple, temas religiosos e da Idade Média, comédias hollywoodianas, dentre outros.

A TV foi de 14 polegadas e em branco por muitos anos e apenas quando eu completei 10 anos, tivemos em casa uma TV de 20 polegadas (PHILCO FORD) e colorida. Até hoje eu lembro a felicidade de ver pela primeira vez o Cid Moreira em cores. Sim, o primeiro programa que vi em cores foi o Jornal Nacional antes de ir para a cama. Até os meus 12 anos, eu e meus irmãos íamos para a cama lá pelas 20h30, quando terminava o jornal.

Com o advento do videocassete, a nossa concepção de TV mudou radicalmente, pois podíamos controlar o andamento do filme e isso era o máximo. Eu já tinha 15 anos e minha mãe comprou um aparelho de 4 cabeças nas Lojas Buri no centro de Paranaguá. Sim, eu sou velha!

Na época do namoro e depois de casada, meu marido e eu passávamos na locadora no final de semana e pegávamos muitos filmes para assistir. Nunca fomos de balada, então o nosso luxo era assistir a um filme em casa, só nós dois ou com amigos, preparando um jantar ou lanche para acompanhar. Quando compramos nosso primeiro DVD, apreciamos a facilidade, pois não precisávamos rebobinar a fita cassete, caso contrário, pagaríamos uma multa de 1 real por filme não rebobinado.

Nessa época, trabalhava os três períodos e não tinha tempo para assistir TV, então continuei a não acompanhar as novelas. Meus pais na época ganharam uma promoção ao comprar um DVD Player: uma assinatura da TV a cabo NET. Foi a primeira vez que tivemos acesso a canais internacionais, o que para mim foi muito interessante, pois sou professora de inglês e poder assistir aos canais de notícias como CNN era algo que ajudaria no desenvolvimento da língua. Era um pacote básico (39,90), no entanto ideal para o que precisávamos, alguns canais de filmes, desenhos, programas em geral.

Com o acesso à Internet banda larga, já não assistíamos com tanta frequência aos canais da TV a cabo, nem mesmo nos final de semana. Desso modo, optamos por cancelá-la e pagar um plano melhor de Internet. Trabalhava bastante e ainda fazia cursos de especialização, o que não possibilitava gastar tempo em frente à TV. Depois, com o NETFLIX, 'streaming' barato em relação à TV a cabo, me convenci de que realmente não precisava pagar caro para assistir a filmes e séries. Claro que as temporadas e lançamentos de filmes demoram mais a chegar, porém aprendi a aproveitar o que me é oferecido, sem estresse ou ansiedade. Esse é um tema para outro post.

Hoje posso dizer que raramente assisto a programas de TV. Tenho TV, aliás duas, uma na sala e outra no quarto que usamos para assistir a filmes baixados, NETFLIX e vídeos do YOUTUBE. Novelas, programas de auditório, culinária, reality shows, dentre outros, não fazem parte da nossa vida. Meu marido ainda assiste ocasionalmente aos jornais da TV aberta na cozinha quando está tomando café da manhã ou nos finais de semana quando estamos preparando o almoço, no entanto eu aproveito o tempo de que disponho para assistir aos canais do YOUTUBE sobre temas que me interessam, como viagens, estilo de vida, organização etc.

Quando viajo para fora do país, costumo ligar a TV do hotel para ouvir a língua local, bem como saber um pouco sobre a cultura do povo que estou visitando. Isso quando chego à noite e me preparo para dormir ou organizo meu itinerário. Na Europa e Estados Unidos não existe TV aberta. É preciso pagar por TV a cabo, assim como Internet.

Claro que quando vou à casa de alguém assisto ao programa que a pessoa está acompanhando, mas prefiro uma boa conversa com um café a prestar atenção no capítulo da novela. Nessas horas um Smartphone carregado me salva a vida. Confesso que tenho preguiça de novelas e não suporto a voz do Faustão.

Desde que adotei um estilo de vida mais leve, com menos coisas materiais, estou menos estressada. Leio mais, passo mais tempo com os entes queridos, estudo, planejo meus destinos de viagem e não sinto necessidade de estar por dentro dos fatos das celebridades. Sei dos acontecimentos pelas redes sociais, disso ainda não desliguei, nem pretendo no momento. Ainda preciso estar em contato com o que está ao meu redor pelo fato de ser professora, então as redes sociais me ajudam a saber as novidades em educação, cursos, documentários etc. Estou sempre online por questão profissional e lazer também.

Sou dona do meu tempo e da minha vida e ninguém melhor pode decidir que roupa vou usar, o que vou comer e como vou passar os meus dias. Não preciso de anúncios publicitários de carros ou bancos me dizendo que eu sou especial. Eu sou o que eu decido ser!









sexta-feira, 29 de julho de 2016

CHÁ DA TARDE NO PALÁCIO DA RAINHA EM EDIMBURGO

Sou apaixonada por castelos e histórias de reis e rainhas, adoro visitar os palácios das cidades por onde passo. Fico admirada com a riqueza das construções, roupas e objetos em exposição, que nos dão uma ideia de como a nobreza vivia na época em que ela dominava o mundo.

Sei que por trás disso tudo há escravidão, guerras, impostos indevidos, corrupção, dentre outras atrocidades vivenciadas pelos povos da época, no entanto tento focar apenas na beleza dos impérios construídos. Não concordo com a maneira como toda essa riqueza foi estabelecida e a necessidade de tanta ostentação, porém isso tudo existiu e tem feito parte da humanidade por milhares de anos. E como professora, interesso-me pela história e cultura dos povos de diversas civilizações, o que me faz visitar museus, templos e palácios para conhecer o seu modo de viver.

Em uma visita ao Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, decidi me dar um presente. Depois de vários dias de viagens economizando nas refeições, comprando saladas prontas, pães, queijos e sanduíches nos mercados, decidi me dar ao luxo de tomar o "Chá da Rainha" no café do Palácio.
O lugar é muito bonito e pode ser visitado sem necessariamente entrar no Palácio. 

O menu consiste de sanduichinhos, biscoitos e bolinhos especiais, mais uma variedades de chás e cafés opcionais. O chá vem com uma ampulheta que avisa quando ele está pronto para ser degustado. Além do chá, optei por um generoso cappuccino, tudo incluso no preço, uma "bagatela" de 16 libras. Sim, tudo isso! Eu merecia, tinha deixado de gastar em outras coisas para ter o prazer de me sentar à mesa em um salão lindo e provar das delícias selecionadas da Rainha Elizabeth II. 

Nem sei se ela algum dia provou desse quitutes, porém para mim não importa. O que importa é que eu raramente teria outra oportunidade de me sentar em um lugar tão aconchegante e ser servida por funcionários tão prestativos. Eu realmente me senti uma rainha. 

Para mim, viver é isso! Não compro coisas, não gasto dinheiro com itens materiais descartáveis ou que me fazem perder o interesse depois de um certo tempo. Vivo experiências únicas, que ficam em minha memória para sempre. A sensação de ter tomado esse chá ficará guardada para sempre em meu coração. 
















































quinta-feira, 21 de julho de 2016

O MEU INGLÊS E AS MINHAS VIAGENS


O meu interesse pela língua inglesa vem de muitos anos de experiência, desde quando comecei a estudar na escola primária. Lembro das primeiras aulas, apesar da pouca idade que tinha, isso há mais ou menos 40 anos. Além disso, sou professora de inglês há quase 30 anos, o que me dá segurança para dizer o quanto o idioma é importante nas viagens internacionais.

Sempre fui apaixonada por línguas e culturas de outros países e acredito que a minha paixão por viagens vem da sede de conhecimento do modo de vida dos outros povos. Sou de uma época em que era difícil conseguir material para praticar a língua e o que havia era caro demais para adquirir. Quando surgiu o vídeo cassete, pude ter mais contato com o inglês. Alugava os filmes e colocava um pedaço de folha sulfite para cobrir as legendas e prestar atenção na fala dos personagens. Assistia mais de uma vez o filme quando não conseguia entender o enredo, mas não desistia de melhorar o inglês a cada dia.

A minha primeira viagem internacional veio depois de anos de estudo e trabalho. Consegui realizar o sonho de conhecer outro país em 2000. Nessa época eu não tinha nem email e tudo era mais difícil, desde a reserva de passagens até a programação dos passeios e ligações telefônicas.

A sensação de estar na Inglaterra, ouvindo o idioma que eu conhecia dos materiais didáticos, das músicas e dos filmes e programas de TV foi, sem dúvida, indescritível.Vivi na prática o que passei anos estudando e ensinando: chegando ao aeroporto, fazendo um pedido no restaurante, visitando um ponto turístico, andando de transporte público etc.

E com determinação e muito trabalho venho fazendo outras viagens internacionais nos últimos anos, tendo a oportunidade de usar o meu conhecimento do idioma em diversas situações em vários países que visitei. O inglês é realmente essencial para quem quer viajar pelo mundo. Claro que é possível visitar muitos países sem falar uma palavra, no entanto saber um pouco facilita e agiliza muitas situações, desde entender como utilizar as máquinas ATM ou de passes de transporte até pedir informações sobre como chegar a algum lugar determinado.

Há países em que o inglês não é muito difundido, como no leste europeu, por exemplo. Confesso que na Hungria tive um pouco de dificuldade de me fazer entender em algumas situações. As pessoas não são muito abertas com quem não fala o idioma do país, porém, com paciência e procurando os lugares certos, pude visitar os pontos que desejei, sem problemas maiores.

E assim fico tranquila quando me programo para viajar para um país em que o inglês não é a língua oficial. Hoje em dia, com um celular e aplicativos apropriados é tranquilo se virar na maioria dos destinos internacionais. Sonho em visitar a Rússia e fazer a trans siberiana de São Petersburgo até Beijing.

Em minha última viagem à Irlanda, Escócia e Inglaterra, não tive problema algum para me comunicar em todas as situações vivenciadas. Nem na entrada na imigração sozinha tive problemas em provar que estava visitando o país como turista e voltaria ao Brasil na data prevista e indicada na passagem. O oficial pediu para mostrar o dinheiro que eu estava levando, fez várias perguntas a respeito da viagem, bem como da minha profissão no Brasil, enfim fiquei um tempo respondendo a indagações diversas de um profissional que estava cumprindo o seu trabalho.

De todas as viagens, posso dizer que o lugar em que fiquei mais à vontade com relação ao inglês foram os Estados Unidos. Sempre estudei inglês americano, o que faz com que eu tenha mais facilidade em entender as expressões e gírias do idioma. Gosto de assistir a séries e filmes americanos, ouvir músicas americanas, ler notícias artigos da CNN e outros jornais, o que me ajuda a estar sempre em contato com as novidades e modo de falar das pessoas de lá. Na minha profissão isso é primordial. Sinto necessidade de estar sempre atualizada para as minhas aulas.

Quando pisei no aeroporto Kennedy e tive o primeiro contato com a agência de traslado que havia reservado, pensei: "como é bom chegar a um país em que se fala a minha língua!". E isso não é falta de modéstia ou exibicionismo, apenas resultado de anos de aprendizado e encantamento com o idioma. Eu amo o Brasil, sempre faço questão de levar uma boa imagem quando viajo e nunca falo dos nossos problemas para as pessoas com quem tenho contato lá fora. Cada país tem as suas dificuldades e passa por problemas diferenciados, então o meu ponto aqui é a minha identificação com a língua inglesa, fruto de anos de estudo, interesse e dedicação. Isso não tem nada a ver com ideologia ou "síndrome de vira-lata". Além do mais, sou professora de inglês e preciso fazer jus ao que me proponho a ensinar.

Adoro ouvir o inglês britânico, amo literatura inglesa e é por isso que passei um mês no Reino Unido. No entanto, tenho um gosto especial pelo inglês falado nos Estados Unidos. Gosto da sonoridade da língua, das expressões, do tom, enfim da música do idioma.

Posso dizer que sou uma pessoa realizada no sentido de tornar realidade um sonho de criança de viajar para outro país e desenvolver um diálogo com um nativo. Isso vale mais do que todos os bens materiais que eu poderia obter. É satisfação pessoal que ninguém pode tirar de mim.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

JAQUETA PARA AGUENTAR O FRIO E A NEVE

Para aguentar o frio lá fora, é preciso estar bem preparado. Essa jaqueta da Uniqlo foi a melhor compra que já fiz. É leve, prática e muito quentinha. Ocupa pouquíssimo espaço na mala e aguenta até temperaturas negativas, sem parecer um boneco Michelin. Rs. 
Há lojas Uniqlo em várias partes do mundo, sendo originária do Japão. Parece que em São Paulo iria abrir uma loja.
http://www.uniqlo.com/us/stores.html
No Brasil, dá para comprar pela internet: http://www.borderlinx.com/…/pages/buy-uniqlo-ship-to-brazil/
A Decathlon aqui de Curitiba tem alguns modelos parecidos também. A North Face também vende, mas o preço é alto. Comprei essa em Londres por 30 libras. Ótimo custo benefício.





UM TEMPO SOZINHA

Apesar de não parecer, sou uma pessoa muito introvertida. Essa característica me faz alguém que tira a energia de forma diferente das pessoa...