segunda-feira, 27 de junho de 2016

PROGRAMANDO UMA VIAGEM INTERNACIONAL



Viajar para fora do país não é algo somente para ricos. Nos dias atuais, há várias maneiras de se programar para conhecer o destino dos sonhos e, com boa vontade, economia e organização, pode-se ir a quase qualquer canto do mundo. Há quem prefira contratar uma agência de viagens para não se incomodar, no entanto garanto que programar tudo sozinho é muito mais divertido.

Em outro post (aqui), conto como faço para priorizar gastos e guardar dinheiro para as minhas viagens. Acredito que cada um deva achar a sua maneira de se preparar, pois o que vale para mim nem sempre cabe para outra pessoa. É preciso ter foco para se conseguir alcançar um objetivo, seja a compra de um bem, um formação, um emprego, sendo assim, uma viagem deve ser programada com antecedência, de 6 meses a um ano. Há quem programe uma viagem em menos tempo, no entanto gosto de fazer muitas pesquisas antes de fechar passagem, hotéis e passeios. As redes sociais são uma ótima maneira de encontrar sites, blogs e grupos de viagem. Há muitas pessoas que podem dar dicas dos destinos que visitaram, mostrando os pontos positivos e negativos de cada lugar, o que considero mais válido do que as informações encontradas em sites e folhetos de agências e hotéis, por exemplo.

Após escolher o destino, começo a pesquisar as passagens do voo internacional a partir da minha cidade, Curitiba. Utilizo a decolar  para comparar os preços das companhias aéreas. Já comprei passagem por esse site e nunca tive problemas. Hoje prefiro comprar diretamente pela companhia, após a comparação de valores, pois se algo acontecer com o voo (atraso, cancelamento ou modificação), a reclamação é feita diretamente com a empresa aérea, sem terceiros.

Depois da passagem principal comprada, começo a pesquisar os preços dos deslocamentos internos entre cidades ou países do continente. Entre países, geralmente pesquiso os voos "low cost" (baixo custo), o que funciona para mim, por eu não carregar muita bagagem, geralmente uma mala média somente e uma mochila como mala de mão. Utilizo o site edreams para fazer a pesquisa. Para quem viaja com mala grande ou mais de um volume, não vale a pena na maioria das vezes, pois se paga por peça, o que aumenta o custo.

Entre cidades ou destinos mais próximos, gosto de utilizar o trem, por apreciar o passeio pelas paisagens e pela praticidade de se chegar à estação minutos antes de embarcar. Pesquiso também o deslocamento de ônibus em alguns destinos. As passagens de trem e ônibus geralmente deixo para comprar quando já estou na cidade, um dia antes ou com mais antecedência, dependendo da procura pelo destino.

O próximo passo é a hospedagem. Já utilizei muito o booking.com para reservar os hotéis, mas hoje em dia prefiro o hoteis.com, pela possibilidade de acumular noites e ganhar estadas grátis. Em destinos em que há as redes de hotéis Accor (como o Ibis) ou Best Western, dou preferência a eles, pois já sei exatamente o que vou encontrar. Muitas vezes, reservo diretamente no site e pago com antecedência para não ter surpresas com a variação da moeda. Procuro hotéis com fácil acesso ao centro da cidade, estações e aeroportos. Utilizo transporte público, como trens, bondes e metrôs, então procuro saber sobre a compra de passes que dão direito a várias viagens durante o dia.

Faço seguro viagem para evitar grandes gastos, caso tenha algum problema de saúde durante a viagem. Muitos destinos exigem o seguro viagem na imigração, então é bom deixar separada a apólice junto com os documentos na mala de mão (passagens, reservas de hotel, passaporte, comprovantes de banco, residência, trabalho etc). Quando estive no Chile, caí e quebrei dois dedos da mão, andando pelas ruas de Valparaíso. Liguei para o seguro e eles me encaminharam para o hospital credenciado, pagando todas as despesas, inclusive os remédios. Nunca se sabe o que pode acontecer, então é melhor prevenir. Utilizo a Mondial sempre que programo a viagem, embora tenha o seguro do cartão de crédito. Já ouvi histórias de pessoas que tiveram problemas ao solicitar assistência do seguro do cartão, sendo assim, prefiro contratar também um seguro à parte, o que vai me custar em torno de 200 reais, o que considero pouco comparando com o que tivesse que pagar sem o seguro.

Com as passagens e hotéis pagos, passo a comprar a moeda que vou utilizar, dólar, libra, euro etc. Gosto de levar um cartão de viagem que pode ser adquirido pelo banco em que se tem conta ou em casas de câmbio. Apesar de pagar iof, prefiro a praticidade desse cartão, pois posso transferir dinheiro da minha conta em uma emergência ou cancelar, em caso de roubo. Levo também uma quantia em espécie para pequenos gastos, algo em torno de 1/3 do total programado. Faço uma média de 50 dinheiros (dólar, euro, libra, ou a moeda local convertida nessas moedas) por dia para refeições, passeios e alguma lembrança de viagem. Não viajo para fazer compras, então essa quantia é mais do que suficiente.

Durante os meses que antecedem a viagem, pesquiso os passeios em cada destino para ter uma ideia de tempo e custo. O google é o maior aliado nessas horas. Basta escrever algo como "o que fazer em Londres no inverno" para se ter uma infinidade de sites e blogs com dicas de passeios para o destino.

Algo que considero importante é o deslocamento do aeroporto ou estação de trem ao hotel na chegada e partida. Geralmente depois de horas em um voo internacional, quero chegar ao hotel para tomar um banho, descansar e me preparar para conhecer a cidade, sendo assim, opto por pegar um traslado ou um táxi, a não ser que haja um trem ou ônibus fácil de utilizar.

Acredito que esses sejam os pontos mais importantes quando programo uma viagem internacional. Sempre levo um guia impresso, mesmo tendo baixado aplicativos no celular, pois gosto de manusear mapas e analisar calmamente os lugares ao decidir os passeios. Muitas vezes decido aonde ir quando já estou na cidade e mudo os planos se houver algum imprevisto. Hoje em dia viajo devagar e não tenho a sede de conhecer tudo na cidade em pouco tempo. Planejo mais dias para poder desfrutar do lugar, andar pelas ruas, provar as comidas, enfim respirar a atmosfera do lugar.

Gosto de registrar todos os momentos da viagem com fotos, assim viajo mais uma vez, quando as organizo para imprimir. Guardo panfletos e tickets e mantenho esse blog e uma página no facebook para eternizar esses momentos e contribuir com a minha experiência para que mais pessoas se motivem a conhecer novos lugares. O processo de programação, que antecede a viagem, mantenho somente para mim e pessoas bem próximas. Compartilho nas redes sociais apenas a partir do momento em que já estou no destino. Acho importante manter uma certa privacidade sobre os meus planos. É uma questão pessoal e me sinto melhor assim.



quinta-feira, 2 de junho de 2016

COMO ECONOMIZAR PARA VIAJAR


Para a realização de qualquer sonho, é preciso foco. Pode ser uma casa, um carro, estudos, viagens, enfim para tudo o que se queira alcançar, há um preço a se pagar, o que exigirá muito esforço, privações e dedicação.

Eu gosto de viajar. Não sou rica, embora muitas pessoas ainda achem que viagem é coisa de rico. Apenas me programo e elenco algumas prioridades para poder realizar os meus sonhos. Às vezes, deixo de fazer algumas coisas, o que para outras pessoas não seria possível, e mantenho o foco nos meus objetivos.

Quando fiz minha primeira viagem ao exterior já era casada e trabalhava como professora de inglês havia 10 anos, ou seja foram anos focando no meu objetivo maior que era visitar um país de língua inglesa. Tinha outras prioridades antes disso, vim morar em Curitiba, casei em 1996, eu meu marido montamos o primeiro apartamento, compramos móveis e iniciamos nossa vida de casados, sem ostentação, porém queríamos o mínimo de conforto.

Em 2000, fiz um intercâmbio de um mês para professores, em Cambridge, Inglaterra. Foi o primeiro passo para o despertar da paixão por viajar. Nessa época eu nem tinha e-mail e tudo era mais difícil, desde a reserva da passagem até a compra do curso e outros detalhes da viagem.

Depois disso, vieram outras prioridades, dentre elas a compra do nosso apartamento em 2003, em um lugar mais central e com mais espaço para viver com conforto.  Sendo assim, apenas no ano de 2010 consegui fazer a minha segunda viagem ao exterior, dessa vez a um país de língua espanhola, o Chile, depois de ter terminado o curso de espanhol.

A partir de então, não pensava em outra coisa, senão juntar dinheiro para viajar. Não queria carro novo, casa maior, casa na praia, roupas, sapatos, joias ou móveis novos. Só queria conhecer o mundo.

Conheci lugares incríveis, alguns sonhados e outros nunca imaginados.

Como disse, tudo na vida é questão de prioridade. Mesmo quem tem filhos acha alguma maneira de economizar e realizar os sonhos, mas isso depende do que realmente é mais importante para você. Com a colaboração de todos é possível programar uma viagem, guardando um pouquinho por mês e deixando de lado alguns luxos para um objetivo em comum.

Eu encontrei a minha maneira de economizar para viajar. Abaixo eu listo algumas dicas de como fazer isso:

1. Não vou ao salão de beleza. Corto as pontas do meu cabelo em casa e apenas tiro a cutícula das unhas e uso base incolor. Fazendo as contas, dá para economizar de 100 a 200 reais por mês, o que no final do ano paga a reserva de um hotel simples, mas confortável e central.

2. Não tenho empregada, nem diarista, tenho móveis práticos, sem muitos objetos expostos, o que facilita na manutenção, mesmo tendo mais de uma gata em casa. Isso me faz economizar de 400 a 500 reais por mês. No final do ano dá para comprar ou a passagem ou hotel.

3. Uso transporte público, o que me faz economizar com gasolina, IPVA, seguro, estacionamento etc. No final das contas esse hábito me faz juntar um bom dinheiro para comprar dólar, euro, libra, e pagar alguns passeios.

Até aí minha viagem estaria paga, mas continuo economizando, pois penso no futuro e guardo um dinheiro na poupança, pensando na aposentadoria e em eventuais gastos inesperados, como saúde.

4. Meu celular é na medida certa para atender às minhas necessidades, tanto profissionais, como em viagens. Troco apenas quando não funciona mais ou não consigo mais baterias para o modelo.

5. Compro roupas, sapatos e acessórios apenas quando preciso. Prefiro investir em uma peça mais cara, mas que vou usar por mais tempo a comprar diversas peças em liquidação. Esse é um hábito que venho aprimorando a cada dia. Estou chegando perto de ser minimalista. Falta muito, mas eu chego lá.

6. Cosméticos e maquiagem eu compro apenas o que estou usando, sem exageros.

7. Coisas para casa evito comprar. Tenho o que preciso e uso e também invisto em produtos duradouros e de qualidade. Não preciso de mais de 2 jogos de cama para viver.

8. Só compro um livro tendo a certeza de que vou ler. E compro outro quando acabar o que adquiri anteriormente. Esse é o hábito mais difícil, na minha opinião.

9. Não tenho TV a cabo. Pago NETFLIX, em torno de 20 reais por mês.

10. Faço as três refeições principais em casa. Trabalho fora manhã e noite, o que facilita a logística do preparo. 

11. Nos finais de semana, prefiro receber amigos em casa e cozinhar ou pedir uma pizza a sair na noite. Uma boa comida e um bom vinho em boa companhia valem mais para mim do que qualquer balada em bares descolados. Ao menos essa é a minha opinião.

Cada um acha a sua maneira de economizar. Ninguém precisa deixar de fazer o que gosta ou deixar de se arrumar ou comprar o que tem vontade. O que listei acima são convenientes para mim, e não regras a serem seguidas à risca por todos.


O QUE APRENDEMOS NESSE PLANO




Quando somos crianças, acreditamos que temos muito tempo pela frente e não nos importamos como levamos a nossa vida. Somos imediatistas e queremos satisfazer as nossas necessidades momentâneas, sem nos dar conta de que um dia todas as nossas preocupações serão insignificantes diante da complexidade que é viver.
Na adolescência esse sentimento se intensifica e queremos fazer tudo, tomar decisões acertadas, e muitas vezes não notamos a brevidade do nosso tempo aqui nesse plano. Não vejo isso como algo negativo, pelo contrário, se não nos motivarmos a estudar, trabalhar, crescer, perderemos oportunidades de vencer e buscar algo melhor para vivermos confortavelmente no futuro.
Na idade adulta, muitos de nós continuam a ser imediatistas, tornando-se mais ansiosos em busca de objetivos e nem sabemos ao certo para quê corremos tanto, trabalhamos tanto, construímos tanto. Ah sim, é verdade, temos uma família, zelamos por ela, queremos proporcionar o melhor para que nossos cônjuges e filhos se sintam seguros e não passem pelas privações pelas quais passamos.
E assim vamos dando continuidade ao legado dos nossos pais, pensando da mesma forma: crescer, trabalhar, construir, perpetuar... Mas "pera aí"! Será que é esse o objetivo principal de estarmos nesse plano? Será que não podemos nos dar ao "luxo" de aproveitar um pouco daquilo que lutamos tanto para conseguir? A vida se resume a isso? Ou somos nós que não aprendemos a viver da maneira certa? Existe maneira certa de viver?
Nunca saberemos responder a todas essa perguntas porque na verdade não há resposta certa. Cada um de nós escolhe dar rumo a sua vida da forma que achar correta. E ninguém aqui tem o direito de palpitar na vida dos outros ou escolher a forma com que o outro deva viver. O que devemos fazer sim é nos mirar nos exemplos das pessoas ao nosso redor e achar o caminho que nos faz felizes.
Eu aprendi, vendo os erros e acertos das pessoas ao redor de mim, a valorizar mais cada momento em família e entre amigos. Já vi pessoas perdendo oportunidade de estar com as pessoas queridas porque tinham muitos afazeres e coisas a resolver. Porém, não sou eu que tenho que achar se essas pessoas estão certas ou não.
Hoje em dia, vivo de forma mais serena e aceito as decisões das pessoas, pois como disse, estar certo é algo relativo. Aliás, há diversas formas de se querer levar a vida, diversas formas de amar, diversas formas de ajudar as outras pessoas, diversas formas de dar continuidade ao nosso legado aqui nesse plano.


UM TEMPO SOZINHA

Apesar de não parecer, sou uma pessoa muito introvertida. Essa característica me faz alguém que tira a energia de forma diferente das pessoa...