terça-feira, 8 de agosto de 2017

O VALOR DAS COISAS PARA CADA PESSOA

Washington, DC

Quando revejo uma foto tirada em alguma das minhas viagens, reafirmo a minha opção por ter menos coisas e mais experiências. Essas experiências não são apenas as viagens, mas o prazer de desfrutar de momentos com a minha família, os meus amigos, enfim o que me deixa feliz. 

A impressão que tenho é que as pessoas estão se sacrificando para desfrutar de uma velhice tranquila, no entanto, nem sempre elas conseguem ter saúde para aproveitar esse tempo no futuro.

Desde que a minha mãe morreu, há pouco mais de um ano, venho refletindo sobre os objetivos em minha vida. Perdi minha sogra também, há mais tempo, ainda mais nova, e naquela época já passei a questionar o que e como deveria viver os meus dias, para não me arrepender depois. Foram duas perdas muito significativas em minha vida, então todas as minhas decisões, de uma forma ou outra, trazem um pouco dessa carga, ou seja, não quero passar a vida construindo algo para desfrutar somente depois.

Hoje valorizo todos os momentos, vou a todas as festas para as quais sou convidada, saio com os amigos, como e bebo o que tenho vontade, tento, na medida do possível, realizar os meus pequenos sonhos. Para realizá-los, privei-me de algumas coisas, trabalhei bastante, lutei para isso, e a recompensa veio como resultado do meu esforço. Não estou onde estou por obra do destino ou sorte. 

Essa semana, estive com meu pai e minha irmã juntando umas coisas da minha mãe para doação para um asilo de idosos. Eram tantas coisas guardadas, muitas sem ter sido usadas, talvez por ela esperar uma ocasião especial, que não chegou. Não fiquei angustiada, como achei que ficaria. Pelo contrário, aquilo que juntei para doar foi um alívio no coração, pois sei que serão direcionadas para pessoas que realmente usarão.

Esse ato de destralhe das coisas da minha mãe me deu mais motivação para continuar a viver como estou vivendo. Não quero deixar para depois o que posso fazer agora. Claro que a minha realidade é diferente de muitas pessoas, não tenho filhos, porém o meu ponto aqui é que cada um sabe o valor que deve dar para cada nova aquisição. Cada um deve refletir sobre o que está fazendo para si e para sua família.

Sentar em um café, tomar um vinho bom, comer em um restaurante preferido, pequenas coisas que deixamos de fazer porque estamos atrasados, cansados ou não podemos gastar, pois temos que pagar algo que compramos e nem precisávamos. 

Eu não dirijo, uso transporte público e ando a pé, temos (eu e meu esposo) um carro com vários anos de uso que supre as nossas necessidades de ir ao mercado, viajar para o litoral para ver familiares e ir a alguns eventos na cidade. Para nós dois, o velho Sandero é tudo do que precisamos no momento. Para outras pessoas, talvez, haja a necessidade de uma carro maior para uma família, ou dois até, pois crianças na escola e trabalhos em lugares diferentes e distantes exigem mais que um veículo.

Não há regras definidas para as necessidades de cada um. O que não podemos é ficar escravos das nossas escolhas e deixar a vida passar, sem ao menos desfrutar daquilo que levamos anos para construir. 

Vamos aproveitar os momentos com as pessoas que amamos, deixar de lado as desavenças, as opiniões contrárias e conviver serenamente com as pessoas ao redor. Tudo na vida passa e rápido e daqui não levamos nada além do que vivemos. Deixamos o bem que fizemos uns aos outros, nada mais!






terça-feira, 11 de julho de 2017

MINHA RELAÇÃO COM A RELIGIOSIDADE

Há tempos tenho pensado numa maneira de falar sobre religiosidade aqui, no entanto procurava um jeito de levantar esse assunto sem polemizar. 

Sou de família católica, batizada, crismada e casada na igreja. Participei de grupos de jovens, onde conheci meu marido. Atualmente não frequento missas, há anos estou afastada do catolicismo, mas exerço a minha espiritualidade buscando a paz de espírito. Acredito em Deus, tenho meus momentos de oração, me identifico com a vida simples de alguns santos (guardo alguns objetos, mas nada a ver com adoração, é como guardar fotos de pessoas queridas), porém algumas decepções e mesmo estudos sobre religiosidade me fizeram bastante crítica e isso me afastou ainda mais de fazer parte de uma comunidade.

Pode ser que eu mude de ideia, pode ser que não. Fui a Roma há dois anos e diante de tanta suntuosidade, fiquei maravilhada com tanta beleza e ao mesmo tempo questionei a necessidade de tudo aquilo.

Enfim, creio que a opção pelo minimalismo tem contribuído para que esses questionamentos sejam ainda mais frequentes.
Respeito todas as religiões, quando viajo gosto de conhecer vários templos, porém me imagino realmente em paz quando estou tranquila na minha casa, com o mínimo de coisas.

domingo, 2 de julho de 2017

COBERTURA DE BRIGADEIRO DE HERSHEY




Em uma panela leve ao fogo duas latas de leite condensado, duas colheres de sopa de manteiga e duas barras grandes de chocolate Hershey.
Misture sempre em fogo alto até engrossar. Abaixe o fogo e continue mexendo até desgrudar do fundo da panela.
Desligue o fogo e misture uma caixa de creme de leite pequena.
Espere esfriar um pouco e, quando estiver morno, cubra e recheie o bolo de sua preferência. Enfeite com chocolate granulado ou confeitos coloridos.
Delicie-se com essa cobertura dos deuses!

MEU PESO E MINHAS CONQUISTAS



Há um tempo eu queria escrever sobre esse assunto, porém faltava inspiração. Após assistir a um vídeo no youtube de uma blogueira que sigo, veio a motivação que me faltava. Ela disse algo que realmente define o que sempre pensei a respeito, mas não sabia ao certo como colocar. Aqui vai então o texto!

Sim, eu já pesei 50 quilos, e não foi quando era criança, e sim na adolescência. Olhando a primeira foto e comparando com a segunda, eu vejo muita coisa além do peso. 

Na primeira foto vejo uma adolescente no auge dos seus 17 anos, ainda incerta a respeito do futuro e com uma carga enorme de tristeza e amargura. Essa adolescente nunca estava feliz com o seu peso, apesar de pesar menos da metade do que pesa hoje em dia. Ela se pesava duas vezes por dia, mesmo vestindo 36, comia apenas o necessário para se manter em pé, pois a sua estrutura exigia mais nutrientes, mas com medo de engordar de novo, preferia passar fome a aproveitar as comidas que a deixavam feliz. Sempre foi uma criança gordinha e quando terminou o segundo grau resolveu dar um basta nas brincadeiras que sofreu durante toda a infância e emagrecer a qualquer custo. Nessa época não se falava em anorexia e bulimia, então os elogios sobre o seu corpo das pessoas próximas eram o suficiente para ela continuar sem comer.

Aliás, as pessoas que a elogiavam eram as mesmas que fizeram brincadeiras sem graça em reuniões de colegas de escola, amigos e família. Ter que conviver com toda essa carga emocional na infância foi o combustível para ela tomar essa decisão na adolescência de emagrecer a qualquer custo. Sem acompanhamento médico, nem incentivo para tal, ela continuou na sua batalha árdua de se manter no "peso ideal" por um longo tempo.

Na foto ela parece feliz, com o corpo dos sonhos, no entanto, por dentro ela guardava uma angústia avassaladora que por muito pouco não a levou a atitudes mais drásticas. Ela quase desmaiou algumas vezes nas aulas de musculação e ginástica, porém isso não significava nada comparado aos elogios que ela recebia por ter um corpo perfeito. 

Hoje quando vejo modelos magras, me pergunto se é a estrutura delas que faz com que sejam assim, ou lutam contra a natureza para se manterem magras. Há sim pessoas que nasceram para ser magras e não engordam de jeito nenhum. 

Na segunda foto, vejo uma mulher madura, com quase 45 anos, que sabe o que quer. Essa mulher, com mais que o dobro do peso da adolescente da foto anterior, no entanto, com o dobro, triplo, e até mais de conquistas em sua vida. Vejo uma professora que ama o que faz, com duas faculdades, com planos para uma terceira. Por quê? Porque ela quer. Duas pós-graduações, Mestrado e planos para o Doutorado.

Uma mulher que ama a família e está satisfeita com os seus feitos, não precisa de muito para viver, apenas o suficiente para estar em paz.

Essa mulher na segunda foto, com esse peso, já conheceu muitos lugares no mundo e ainda tem planos para conhecer muitos mais, até o fim de seus dias. Ela tem tido altos e baixos em sua vida, mas aprendeu a administrar tudo e seguir em frente, não se preocupando com o que as pessoas vão dizer. Ela decide o que é melhor para ela em qualquer circunstância. 

E com esse peso ela se tornou a pessoa que é hoje, segura de si, ainda com muito a aprender e ensinar aos outros. Perdeu a mãe há pouco tempo, está aprendendo a conviver com isso, contudo ela tem a certeza de que sua mãe está orgulhosa pela mulher que sua filha se tornou.

Na primeira foto ela está em sua cidade natal, da qual ela se orgulha e agradece, pois foi essa cidade que lhe deu a formação para ela seguir em frente e conquistar o que sempre sonhou.

Na segunda foto ela está na "capital do mundo", lugar que sempre esteve em seus sonhos, porém na época da primeira foto ela nem imaginava que seria possível estar lá.

Hoje ela está feliz com o seu corpo, entra em lojas especializadas para o seu manequim, prova tudo e escolhe o que tem a ver com a sua personalidade. Só guarda em seu armário as roupas que lhe servem. Todas as que ela guardava para que um dia emagrecesse foram doadas. Se ela emagrecer, comprará novas, pois estará em outro momento em sua vida. Usa cabelo longo porque gosta, até quando achar que quer mudar.

Ela continua querendo emagrecer, faz hidroginástica, faz exames periódicos, até consultou médicos para fazer cirurgia da obesidade, mas devido a alguns problemas de saúde anteriores, e às consequências disso, relacionadas à cirurgia, resolveu adiar a ideia e se tratar primeiro. Pode ser que em breve ela resolva fazer, como pode ser que ela emagreça seguindo uma dieta e exercícios, mas nem por isso ela deixa de viver, de fazer planos, de comprar conscientemente roupas que a deixem bonita, de comer o que gosta, de aproveitar a vida.

Então, você, se algum dia se encontrar com essa mulher da segunda foto, tenha a certeza de que a alegria dela é verdadeira, e não falsa, como a da primeira foto. Não se incomode com o peso dela, pois isso é apenas um número. Veja tudo o que ela conquistou. Não me refiro apenas à carreira, trabalho, estudos. Digo conquistas pessoais, realizações que a tornaram uma pessoa melhor. As pessoas se realizam de forma diferente, com bens, casamento, filhos, viagens etc.

Para essa mulher, o peso que realmente importa é de suas conquistas!

sexta-feira, 7 de abril de 2017

SER LIVRE É PODER TER UMA PAREDE BRANCA


Uma vez vi uma reportagem sobre pessoas que trabalhavam para ajudar moradores de rua. Chamou-me a atenção um homem que dedicava seu tempo para levar um pouco de alento e conforto para essas pessoas, desde comida, abrigo, até apoio espiritual. Ele vivia de maneira simples, morava em um quarto alugado e possuía apenas objetos de primeira necessidade. Ele se considerava uma pessoa feliz, pois todas as suas necessidades eram atendidas, e estava contente com a vida que tinha.

A vida toda aprendemos que para se ter sucesso é preciso ter uma casa grande cheia de móveis bonitos, louças, objetos de decoração, jardim, piscina e uma garagem para no mínimo dois carros na garagem. Assim, passamos a vida toda trabalhando para construir um lugar para morar que satisfaça todas os nossos desejos. Compramos coisas, funcionais ou não, visando o conforto nosso e da nossa família. Nunca paramos de adquirir e construir e, quando deixamos o nosso canto com a nossa cara, já não nos agrada mais, partindo, desse modo, para um novo projeto de vida.

E a vida? Ela passa... O tempo não perdoa e muitas vezes não chegamos a usufruir daquilo que levou nosso esforço em horas de trabalho em que não aproveitamos os momentos com a família. Não fomos às apresentações da escola dos nossos filhos, não aceitamos os convites dos amigos, nem sentamos para jogar conversa fora com os que amamos.

Levei anos para perceber que as experiências são mais importantes que os bens. Vi e vejo pessoas que amo serem afetadas por enfermidades, sem poder desfrutar de tudo o que construíram com muito esforço. Elas não tiveram tempo, mas felizmente eu percebi isso a tempo de mudar a minha história.

Claro que penso no futuro, em ter conforto na velhice, porém eu vivo. Trabalho, e se hoje eu vivo uma vida mais tranquila é porque me preparei para isso. Escolhi um lugar para morar que supre as minhas necessidades, um apartamento perto do centro, com facilidade de locomoção e serviços na redondeza, já que não dirijo e uso muito o sistema de transporte urbano.

O meu apartamento tem a minha cara, poucos móveis e muita funcionalidade. Tudo o que possuo eu uso e o que não tiver serventia eu não tenho dó de passar para frente. Adotei o estilo minimalista e isso tem contribuído para o meu crescimento e desprendimento material. Com menos coisas para tomar conta, eu aproveito o meu tempo para fazer o que gosto, ler, cozinhar, assistir a filmes e séries, ouvir música e planejar as minhas viagens. Aliás, como compro só o necessário, consigo me programar para viajar para lugares que sempre estiveram em meus sonhos.

O destralhe tem feito parte da minha vida há algum tempo. Só mantenho o que realmente tem significado para mim, apenas o que me faz feliz. Doei roupas, sapatos, livros, louças, tudo o que considerava que tinha em excesso. Tenho mantido esse hábito e posso dizer que, quanto mais a gente se desapega das coisas, mais elas perdem a importância em nossa vida.

Limpar meu apartamento hoje está muito mais fácil, pois não tenho nada exposto para pegar pó. Dou conta sozinha e o dinheiro que gastaria com faxineira eu converto em diárias em hotéis pelo mundo. Mantenho uma cristaleira de uma porta com as minhas lembranças de viagens, que são as únicas coisas que guardo com apreço. Cada pratinho ou miniatura traz histórias de momentos inesquecíveis, que ficarão guardados para sempre em minha mente. Isso ninguém pode tirar de mim até a morte.

Consegui deixar no meu quarto apenas a cama e uma TV na parede, algo impensável, anos atrás, pela quantidade de roupas, sapatos e acessórios que possuía. Meu escritório se resume a meu notebook e uma caixa de madeira média em cima da mesa da sala com coisas de primeira necessidade, como canetas, tesoura, grampeador etc. Mantenho apenas os livros de trabalho e alguns seletos em uma estante pequena em uma parede da sala de estar. CDs e DVDs também me desfiz de quase todos, mantendo apenas alguns especiais. Uso e abuso da tecnologia para evitar o acúmulo de papéis e coisas do tipo.

Na cozinha apenas as louças e objetos que uso diariamente. Não tenho nada guardado para ocasiões especiais. Todos os meus dias são especiais e tudo é usável e substituível, se precisar. Meus objetos de decoração se resumem a um quadro de fotos de viagens e alguns quadros, dentre eles o mais importante: um mapa múndi com os lugares em que estive marcados.

No meu quarto eu tenho uma parede de tijolos à vista branca e limpa sem quadro, apenas com uma TV no canto. Chamo isso de liberdade, poder olhar para essa parede e ter a sensação de que não preciso de bens materiais para impressionar, não preciso provar para ninguém quem sou pelo que visto ou possuo. E isso vale para tudo na minha vida, para o meu trabalho, meus estudos e o que eu resolver ser.

Isso não é regra para todo mundo, cada pessoa mantém o que a faz feliz. Se ser feliz para você é ter uma casa espaçosa com muitos objetos, uma casa na praia, carros modernos etc, continue trabalhando para realizar os seus sonhos. Só digo uma coisa: desfrute de tudo o que você construir. Não deixe para amanhã viver, pois amanhã poderá não chegar e os que ficarem podem não dar o devido valor que você deu para os bens materiais. Apenas viva!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

MALA DE INVERNO


Ultimamente tenho carregado cada vez menos coisas e a cada viagem aprimoro a minha habilidade de viajar leve. É algo que se aprende na prática e posso afirmar que, depois de anos, o minimalismo que adquiri para a vida, está sendo usado nas viagens também.

Não viajo para fazer compras, então é mais fácil me organizar com uma mala pequena. As regras que servem para mim podem não servir para muitas pessoas, assim é preciso analisar o que realmente é importante, levando-se em consideração clima, propósito e destino.

Vou dar dicas sobre uma viagem de até um mês em clima frio, até -20º, que foi o que passei nos lugares mais frios. Mulher tamanho GG, então para pessoas menores dá para viajar mais leve ainda. Desculpe o trocadilho!

Em relação à mala, já viajei com todos os tamanhos, de mochila nas costas à mala grande e hoje escolho a mais prática para o destino escolhido. Consigo carregar tudo em uma mala de mão, mas para isso é preciso tomar alguns cuidados, se a viagem for de avião. Líquidos apenas em frascos de no máximo 100ml, objetos cortantes, comida e bebida nem pensar.

Uma mala média também é ideal para viagem de 1 mês, principalmente para se locomover até estações e aeroportos e percorrer alguns trechos de trem. Fica mais fácil colocar no compartimento acima das poltronas e andar de ônibus e metrô.
Mala grande não uso mais em nenhuma situação. Já usei bastante, no entanto, se o espaço for mais reduzido, não caímos em tentação de comprar mais coisas para entulhar em casa. Já estive na Disney e quase comprei um Mickey gigante, porém o chapéu do Fantasia eu trouxe na cabeça, pois não cabia na mala. 

Aliás meu lema é esse: o que não couber na mala, terei que vestir. Até que foi divertido andar pelo aeroporto com o chapéu de mágico com orelhas na cabeça.

Não gosto de mochilões porque tenho dor nas costas, sendo assim, opto pela mala de bordo ou média, com 4 rodinhas, para facilitar as longas caminhadas nos aeroportos. No de Frankfurt e no Kennedy, por exemplo, são infinitos terminais e portões, então chega uma hora em que os 12 quilos nas costas pesam de verdade.
Há quem se adapte bem aos mochilões, cada pessoa sabe o que pode carregar. 

Embalo a mala média no aeroporto, para dificultar os furtos. Não é 100% seguro, porém dificulta a ação de ladrões. E quando despacho uma mala média, uso uma mochila nas costas como bagagem de mão. Escolho uma de material bem leve, como o da foto.

Quem me conhece sabe que eu amo a Kipling, pela leveza, impermeabilidade e durabilidade. Essa da foto já viajou muito até a última viagem, quando a aposentei por já estar bem desbotada. Comprei outra por 39 dólares na Burlington na Filadélfia. Uma bagatela comparada ao preço de uma aqui no Brasil (649 reais, acreditem!). Recuso-me a comprar Kipling no Brasil. A velha deixei no hotel para doação. Sim, fiz esse sacrilégio! Em outros tempos não me imaginaria fazendo isso, mas o exercício do minimalismo me pegou de vez. Deixo outras coisas pelo meio do caminho. 

Se vou com a bagagem de mão apenas, levo uma bolsa estilo carteiro com os documentos e o livro para ler na viagem. Essa bolsa vai vazia na mala despachada, para ser usada depois nos passeios pela cidade, com o lanchinho, água, câmera, celular, batom, óculos, caderninho e caneta, cartão do hotel e de transporte, cópia do seguro viagem e baterias extras. Alterno a bolsa com a mochila, dependendo do passeio. Às vezes, faço tour de um dia em cidades próximas, desse modo, a mochila é mais conveniente. O importante é ter as mãos livres, então bolsas femininas não fazem o meu estilo.

Escolhida a mala, começo a separar os itens para colocar dentro. Roupas escuras, de preferência pretas, para evitar aborrecimento com manchas. Levo a calça do corpo e mais duas, uma jeans e uma de inverno, comprada em lojas como Centauro ou Decathlon. A do corpo escolho uma estilo Adidas, larguinha para ter mobilidade durante o voo e que aguente o frio até o hotel. Ela não é tão quente para sair do Brasil e, se precisar, coloco uma meia-calça por baixo na chegada. Vou com uma camiseta e um casaquinho, pois no avião o ar é mais frio.

Duas blusas térmicas (também encontradas nas lojas citadas acima) são suficientes para alternar nos 30 dias, pois lavo no quarto do hotel à noite no chuveiro. Levo uma segunda pele para dias de temperaturas negativas. Com o calor do aquecedor, a blusa amanhece seca e pronta para ser usada de novo.
Com um frio de 0º ou menos, dificilmente tiro o casaco, então sem problemas em usar a mesma roupa várias vezes, lavando sempre.

Roupas de baixos, separo as velhinhas para descartar no final, 5 calcinhas, 3 pares de meias e 2 sutiãs. Uso meia elástica no avião, por já ter tido tromboembolia pulmonar. A diferença é tremenda, quando chego ao hotel, depois de infinitas horas de voo, minhas pernas e pés estão descansados e desinchados. 

Aliás, não compro roupa nova para viajar, vou usando as que quero me desfazer e deixando pelo meio do caminho, caso compre algo novo. Fiz isso na minha última viagem, em que comecei com um destino mais quente. Levei vestido, chinelo, maiô, canga e camisetas velhas, as quais deixei para trás no primeiro hotel. Eu não queria passar o resto da viagem carregando coisas que não usaria, já tinha me programado para isso.

Um pijama de meia estação, calça e camiseta curta, pois dentro do quarto do hotel é quente. Por que pijama? Como viajo sozinha, gosto de dormir sempre vestida. Pode ser bobeira ou neurose, mas imagino uma situação em que tenha que sair do hotel correndo sem ter tempo de vestir nada. Escapei de terremoto no Chile, por isso sei do que estou falando.

Levo uma sapatilha estilo Crocs no pé, por ser confortável para o aeroporto (passa tranquilamente no raio-x), avião e quarto do hotel, e uma bota de inverno na mala despachada. Essa da UGG vale o investimento. É caríssima aqui no Brasil, no entanto é possível achar por preço mais justo no exterior. Conforto máximo para horas de caminhada. Sou dessas! As da Timberland e Bull Terrier também são ótimas! O importante é que seja impermeável, como tudo que carrego.



Cachecol contínuo, pela praticidade e para evitar acidentes em escadas rolantes. Preto naturalmente. Mas você só usa preto em viagem? Sim, adquiri esse hábito e não há o que me faça mudar.



Gorro, protetor de orelhas e luvas são essenciais em clima frio. Se estamos com as extremidades protegidas, a sensação de gelo diminui consideravelmente.

O casaco, assim como a bota, vale investir. A Decathlon, no Brasil, tem muitas opções de roupas de inverno com preços justos. No exterior uma boa escolha é a Uniqlo, que tem várias lojas espalhadas pelo mundo. Eles têm um material com tecnologia que ajuda a enfrentar temperaturas negativas. Os casacos são eficientes, impermeáveis e leves de carregar.




Caso eu despache a mala, levo, na mochila de mão, roupas de baixo, uma camiseta extra e o casaco de inverno. Já tive o voo cancelado com a mala já despachada e passei mais uma noite em um hotel, então é melhor prevenir.

Na necessaire, o essencial: escova de dentes, pasta, fio dental, enxaguante bucal, desodorante, hidratante para o rosto e corpo, protetor labial, filtro solar, escova e elástico de cabelo, cotonete, perfume, lixa de unha, alicate, pinça, esmalte incolor e removedor e absorvente. Todos até 100ml se for na de mão. Shampoo, condicionador, sabonete, toalha e secador de cabelo, uso do hotel. Verifico anteriormente se serão oferecidos. 

Maquiagem básica: base, corretivo e pó (de preferência 3 em 1), rímel, lápis delineador, sombra lápis e batom. Lenços umedecidos para maquiagem. Gosto dos de bebê, que são grandes e tem várias utilidades.

Brinco na orelha e relógio no pulso, não levo mais joias ou bijoux, para facilitar no raio-x. 

Eletrônicos: apenas o celular com câmera e uma câmera Canon semi profissional (tiro foto com os dois), carregadores e baterias extras. Levo um adaptador universal de tomada (comprei na Multicoisas).

Necessaire de remédios (é sempre bom prevenir): analgésico, antitérmico, remédio para labirintite e cistite, pastilhas para a garganta e antiácido. Levo também band-aid e fita para calos.

Um livro para ser lido no aeroporto e avião e descartado, para evitar mais peso.

Uma carteira de viagem com as cópias das reservas de avião, hotel, trem ou outro transporte e seguro viagem. Tenho tudo no email, mas gosto de ter impresso para a imigração. O passaporte, os cartões e o dinheiro levo em uma doleira embaixo da roupa.

 Óculos de sol, travesseiro de pescoço, tag e cadeado de mala, caderninho e caneta de plástico e guias de viagem.

Quando vou aos EUA, já chego com um chip adquirido no Brasil pela CelTravel. Facilita e muito a minha vida. Em outros países, compro no aeroporto. Como vou sozinha, gosto de estar comunicável.

Isso tudo funciona para mim e é um hábito adquirido em anos de experiência carregando bagagem por várias cidades do mundo. Sempre digo que posso comprar se precisar de algo que não lembrei de levar, todavia raramente isso acontece. 

Só tenho a dizer que, pensando dessa forma, aproveito melhor a viagem, focando no que interessa, que são as experiências. Não compro nada além de um ou outro souvenir ou item para ser usado durante a viagem. 

Esse hábito se reflete na minha vida também. Quanto menos coisas se tem, menos tempo se perde organizando e se preocupando. Ao voltar de viagem, levo pouco tempo para organizar a mala de volta e não fico agoniada com a possibilidade de a bagagem se extraviar pelo meio do caminho com coisas minhas ou encomendas (não tem como trazer), pois o mais importante de tudo eu carrego comigo: a experiência de ter realizado mais um sonho. As fotos do celular e da câmera vou salvando no google fotos e publicando no facebook, assim os registros estão sempre salvos.

E como disse, isso não se aprende de um dia para a noite, uma prova disso é essa foto de um tempo em que eu não era nem um pouco minimalista. Viajar assim, nunca mais!





quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

COSTA LESTE DOS EUA DEZ 2016 / JAN 2017

No dia 26 de dezembro de 2016 iniciei a minha 
viagem por alguns lugares da costa leste dos EUA. 
Tenho uma prima que mora na Florida e que me 
convidou para passar uns dias em sua casa em 
Coral Springs, uma cidade a 1h30 de Miami. 
Optei pela American Airlines saindo com um
 voo da Latam em Curitiba e embarcando no voo 
internacional a partir de São Paulo.





Coral Springs é uma cidade localizada 

na Florida, no condado de Broward. 
É uma cidade muito bonita, com muitos
 parques e áreas verdes.














Há poucos minutos de Coral Springs fica a praia

 de Deerfield, um lindo balneário.


















Estação de trem de Deerfield








No dia 02 de janeiro peguei um trem da Amtrak 
em direção a Washington e parti sozinha. Foram 
26 horas de viagem, uma loucura, eu sei, 
no entanto sempre tive vontade de andar de trem 
pelos EUA, passando pelas cidades da costa leste. 
O trem da Amtrak é muito
confortável, com serviço de bordo conveniente. 
Não aconselho a viagem para aqueles que não 
têm paciência de esperar, pois 
chega uma hora em que a paisagem cansa e 
o que se quer é chegar no próximo destino. 
Estava apenas com mala de mão, assim 
foi mais fácil me locomover nas estações. 
Para quem viaja com muita bagagem, o avião
 é mais conveniente.

Café no trem da Amtrak


Hotel Club Quarters em Washington 
Rede de comida natural Pret à Manger




Quarto do Hotel Club Quarters








A rede Club Quarters têm à disposição dos hóspedes água com garrafas descartáveis de graça.




Escolhi hotéis com geladeira, cafeteira com café, 
chá e leite e microondas, o que me economizar
 bastante nas refeições. Comprava pão, leite, frutas 
e comida congelada e comia no hotel. 
Para o dia, preparava um lanchinho para aguentar 
os longos passeios pela cidade.











Fiquei encantada pela cidade, valeu muito 
a pena ter reservado 5 dias para explorar 
Washington.
Nos primeiros dois dias, optei pelo que sempre 
faço, ônibus hop on hop off, para ter uma 
visão geral dos principais pontos da cidade e
elencar os do meu maior interesse.

Lincoln Memorial




Washington Monument








Casabranca


Capitólio




Washington Memorial




Ponte de Arlington 




O Pentágono


Cemitério Militar de Arlington




















Georgetown
















Estação de metrô


Lanche para o dia de passeio




Biblioteca do Congresso


Suprema Corte




Capitólio














Restaurante do Capitólio


Museu de História Natural






No dia 07 de janeiro parti para o meu próximo 
destino, Filadélfia, Pensilvânia, a primeira capital 
dos EUA. A escolha da cidade se deu pela 
importância histórica do lugar. 
Também reservei o Hotel Club Quarters. 
Eu não conhecia a rede, porém 
fiquei muito satisfeita com o serviço oferecido.
A localização, tanto de Washington, como da Filadélfia, 
é excelente, perto dos principais pontos turísticos, metrô, 
mercados, enfim muito conveniente.

Rua do Hotel Club Quarters 
One Liberty




Começou a nevar forte assim que cheguei à Filadélfia








Hotel Club Quarters












Shopping Center na frente do hotel


Vista do One Liberty Observation Deck














Museu de Belas Artes - escadarias do filme Rocky


Mercado Municipal - Reading Market


O famoso Cheese Steak
















Chinatown


Prisão da Filadélfia - Alcapone esteve preso nessa prisão




Estátua do Rocky no Museu de Belas Artes










Rua do Porto










Memorial em homenagem aos soldados mortos no Vietnã






Hard Rock Cafe














No dia 10 de janeiro parti para o meu próximo destino, 
Nova York, que já havia visitado anteriormente. 
Estava contente em voltar à cidade que nunca dorme. 
Estar em Nova York é sempre uma emoção indescritível.



Times Square






Espaguete com almôndegas no Restaurante Olive Garden na Times Square


Vista do Top of the Rock no Rockefeller Center








Rockefeller Center


Catedral de Saint Patrick




Rockefeller Center







Região de Chelsea


High Line Park




















Chelsea Market










West Village


Magnolia Bakery - do seriado e filme Sex and the City












Casa da Carie Bradshaw de Sex and the City






Apartamento do seriado Friends






Passeio de barco até Estaten Island




















Battery Park




Brooklyn






















Padaria do Buddy
 










Canolli


Hoboken New Jersey 





































Teleférico em Roosevelt Island










O ônibus que dá a volta na ilha é gratuito e o teleférico custa uma passagem de metrô.










Queens


Grand Central Station






Restaurante Bubba Gump do filme Forest Gump










Dakota Building - residência de Yoko Ono


Homenagem a John Lennon


Central Park


Fonte da abertura de Friends no Central Park
















Castelo Belvedere no Central Park






























Hotel Plaza do filme Esqueceram de Mim 2


Trump Tower






Union Square e Flatiron Building




Eataly






Nutella Cafe








Show da Broadway












Memorial 11 de Setembro




Fênix representando o renascimento na estação do World Trade Center




Oculus Shopping Center






M&M World












Loja da Hershey's






One World Trade Center


















Jogo Knicks X Washington Wizards




Bota UGG - ótima para clima frio e com neve



No dia 20 de janeiro peguei o avião de volta para o Brasil. 
Ônibus que liga os aeroportos a Manhattan

E uma nota sobre mim:


Mais uma viagem para a lista 
dos sonhos realizados. 
Viajar me move e me dá razão para iniciar 
um novo ano com mais vontade 
de trabalhar para mais realizações. 
Próximo destino sem data nem direção, 
mas a vontade de explorar
novos lugares é permanente.








UM TEMPO SOZINHA

Apesar de não parecer, sou uma pessoa muito introvertida. Essa característica me faz alguém que tira a energia de forma diferente das pessoa...