segunda-feira, 8 de julho de 2019

PARIS, FRANÇA JANEIRO DE 2018


Em 22 de janeiro de 2018 cheguei a Paris depois de um período viajando pela Suíça. Já tinha estado outras vezes na capital francesa, no entanto, toda vez que visito a cidade, é como se fosse a primeira, pois encontro lugares novos e, mesmo indo aos mesmos pontos, enxergo com outros olhos a Cidade Luz. 


A Estação Gare du Nord não é muito apreciada e recomendada por turistas que chegam à cidade, pelo grande número de transeuntes, batedores de carteira e pessoas de olho nos turistas desavisados. Porém é um lugar interessante pelas construções e pela própria estação em si, que revela detalhes inusitados em sua fachada. Eu não ficaria na redondeza, caso fosse minha primeira vez em Paris, mas, como já estive lá outras vezes, resolvi dar uma chance ao lugar.
Hospedei-me no Mercure Paris Gare du Nord la Fayette 175 rue la Fayette, que fica bem próximo à estação e é bastante conveniente, com padarias, mercados, lojas, restaurantes etc. Quando digo que o lugar não é apreciado, não estou afirmando que é um lugar perigoso. Como toda cidade cosmopolita, é preciso tomar cuidado com bolsas e carteiras, pois nem todos são turistas e muitos aproveitam para roubar os distraídos. Não presenciei nenhuma situação de roubo, nem me senti ameaçada, no entanto já li relatos de pessoas que foram roubadas no metrô e nas ruas. Sendo assim, todo cuidado é necessário.
















Eu sempre escolhos hotéis de rede, pois já sei o que vou encontrar, sem surpresas e com o preço justo. Há a possibilidade de se hospedar em Airbnb, porém, como viajo sozinha, sinto-me mais segura em um hotel, para chegar a hora que quiser e usufruir dos serviços prestados. Entendo que muitas pessoas se sentem seguras em Airbnb e hostels e recomendam, mas, mesmo assim, ainda prefiro as redes. Pode ser que futuramente eu mude de opinião.
Em todas as vezes que visitei Paris, sempre comecei pela Torre Eiffel. Não importa quantas vezes eu vá à cidade, preciso passar um tempo apreciando a Dama de Ferro por algumas horas. Sim, algumas horas, debaixo de frio, neve, neblina chuva, sol, o que for.











Eu adoro a minha companhia, mais do que qualquer outra, no entanto gosto de encontrar familiares e amigos pelo caminho para passeios, idas a cafés, restaurantes, museus, para assim dividir experiências nos destinos visitados. Tive o imenso prazer de encontrar um colega de trabalho nessa viagem a Paris. Descobrimos em uma conversa na sala de professores que estaríamos em Paris nos mesmo dias, isso sem programar nada juntos anteriormente. Tínhamos começado nossas viagens separadamente em outras cidades, incluindo Paris. Foi realmente uma grande coincidência. Era a primeira vez do Rodrigo em Paris, sendo assim, tive a chance de exercer minhas habilidades de guia turística, mostrando a ele alguns lugares aonde tinha ido e desejava voltar, bem como outros que não tinha visitado ainda. Ele é professor de História, então foi uma oportunidade para mim, também, de aprender com ele. Conhecemos As Catacumbas de Paris, um ossuário subterrâneo. 





















Eu sempre faço uma pesquisa sobre os lugares que quero visitar, antes de viajar, nada muito elaborado, apenas para ter uma organização de tempo e de dinheiro. Faço uma lista e tento seguir uma sequência, no entanto não me prendo 100% a ela, pois, muitas vezes, encontro outros lugares interessantes e acabo mudando os planos. Essa é exatamente uma das razões pelas quais prefiro viajar sozinha. Eu faço o roteiro e tenho a liberdade de mudar a hora que sentir vontade, sendo por querer ficar mais tempo em um lugar, ou por acordar pela manhã e preferir ficar um pouco mais no hotel, descansando, para mais tarde flanar pela cidade.
'Flanar'! Isso mesmo! É o que mais gosto de fazer em Paris: andar pela cidade sem rumo e sem hora para voltar. Andar pelas lojas, ruas, mercados e construções nos mercados dos bairros pouco visitados pelos turistas. Não costumo ir a lojas para comprar, porém aprecio entrar para fazer uma 'pesquisa etnográfica', com diz meu tio antropólogo. Gosto de sentir o cheiro e perfume do lugar, ver o que as pessoas consomem e ver as pessoas 'parisiando'. Como professora de línguas, tomo isso como estudo para acrescentar à minha bagagem cultural e considero importante para acumular conhecimento. Quando saímos da 'aldeia' e vemos o mundo com os nossos olhos, e não com a impressão dos outros, desfazemo-nos de 'pré-conceitos' e passamos a nos entender e a entender outras culturas. Mudamos inclusive as nossas atitudes em relação à vida e às pessoas ao nosso redor, tornamo-nos menos materialistas e valorizamos experiências, ao invés de nos prendermos a coisas. É um grande aprendizado, algo que ninguém nos pode tirar, e levaremos isso para toda a vida.
A visita a Notra Dame foi memorável e hoje em dia tem um significado maior ainda para mim, sabendo que foi recentemente destruída pelo fogo. Espero um dia voltar a visitar a igreja e subir à torre totalmente restaurada. 
Notre Dame

















Quartier Latin






Museu Pompidou






Museu D'Orsay


Rodrigo, o papagaio de pirata




Château de Vincennes




















Arco de La Défense








Sacré-Coeur












Igreja Madeleine


Place de la Concorde


Panteón
É interessante reservar um dia da viagem para visitar o Castelo de Versailles, um subúrbio de Paris com fácil acesso de trem. Pode-se visitar apenas os jardins, o que já garante um lindo passeio, porém a entrada no interior do castelo deve ser incluída. A primeira vez que fui a Versailles não visitei o castelo, por ser final de ano, com filas imensas, então só conheci os jardins. 
Dentro dos jardins, fica o Petit Trianonum palácio construído no século XVIII pelo Rei Luis XV para a sua amante, a Madame de Pompadour





















Petit Trianon

Janeiro de 2018 foi uma época de chuvas intensas na capital francesa, com alagamentos por toda a cidade. Não pude fazer passeios de barco devido ao nível do rio, que estava bem acima do normal. Havia alerta de enchente, muitas estações de metrô fechadas e um grande transtorno para os parisienses. Mesmo assim, não deixei de aproveitar os dez dias, 'flanando' muito e 'parisiando' sem parar. Adorei esse neologismo!





Outro bate-volta que fiz foi a Rueil Malmason, comuna francesa situada no departamento de Altos do Sena na região de Île-de-France. Fui a convite de uma prima, que mora lá com a família e, além de visitá-los, conheci o Castelo de Malmason, residência de Napoleão e Josefina.















No dia 29 de janeiro parti em direção a uma novo destino. Deixei Paris com a sensação usual de 'quero voltar'. Conheci novos lugares, encontrei um amigo, visitei familiares e 'flanei' muito por uma das cidades mais lindas da Europa. 





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