sábado, 31 de outubro de 2020

Massa carbonara


Quando não tenho muitos ingredientes em casa e estou com preguiça de ir ao mercado, abro a geladeira e vejo o que é possível fazer em 15 minutos. 

Uma receitinha caseira e simples de massa carbonara:

Ingredientes:
Bacon
3 ovos
Sal e pimenta a gosto
Macarrão de sua preferência (prefiro talharim, usei o integral)
Queijo ralado
Opcional: creme de leite ou queijo cottage (usei cottage, amo!).

Modo de preparo:
Enquanto ferve a água e cozinha o macarrão, corte o bacon em cubos e frite até ficar tostado, não muito.

Bata 3 ovos, misture queijo ralado, sal e pimenta a gosto e despeje no refratário que será usado para colocar o macarrão. 

Escorra o macarrão e despeje sobre os ovos batidos. (O macarrão quente cozinha os ovos batidos)

Em seguida, coloque o bacon por cima e o creme de leite ou cottage, se preferir.

Misture tudo, espere alguns minutos para a massa absorver os ingredientes e parta para o abraço, digo para o almoço!

Não fica com gosto esquisito, porque o macarrão quente cozinha o ovo, mas se achar melhor, leve ao forno para gratinar.

Saboreie com um bom vinho chileno ou de sua preferência e algum legume cozido.
HÓme!

Simplifique

 

O amadurecimento tem-me trazido um novo olhar sobre posses. Houve um tempo em que eu preenchia a casa e o armário com objetos para preencher um vazio interior ou impressionar sem saber a quem. Hoje seleciono o que/quem entra em minha vida, não me apego a coisas ou sentimentos vazios que não me trazem benefício algum.

Cuido da mente e do corpo, porém não a ponto de perder vida por isso. Isso soa até como um paradoxo, no entanto já adoeci achando que estava me cuidando. Reduzir objetos e sentimentos desnecessários não significa abrir mão de conforto, não chegarei ao ponto de me desfazer de tudo e dormir no chão ou ter apenas um par de sapatos, até porque tenho ainda muitas coisas e não existe jogar fora em nosso planeta. Tento utilizar tudo o que possuo e passo para frente de forma consciente aquilo que já não me tem serventia, a partir da ideia de que o descarte de uma pessoa pode ser o tesouro de outra. 

Sempre me pergunto, antes de trazer algo novo para casa, se aquilo é realmente necessário ou estou trazendo uma coisa que tomará meu tempo precioso para manter ou limpar, tipo aquele multiprocessador cheio de parte que dá uma trabalheira danada para limpar e poderia ser substituído pelo liquidificador que já tenho. Meu esposo comprou um filtro de barro há um tempo e o trabalho para fazer a manutenção compensa a qualidade da água que temos bebido ultimamente. A questão é ponderar as escolhas e analisar se vale a pena perder vida por algo. Faço isso em minhas viagens, carrego apenas uma mala de mão com o que preciso para aproveitar todos os momentos e não perder tempo e saúde comprando mais tralha e carregando bagagem desnecessária. 

Esse aprendizado vem de experiências próprias e de observar pessoas apegadas a bens materiais. Lembro de um vídeo em que o cantor Michael Jackson entrava em uma loja luxuosa de decoração e comprava os objetos e mobília mais caros para preencher um abismo interior, que nunca pôde ser preenchido.

Acredito que o maior benefício depois que adotei uma vida mais simples foi a redução na limpeza e manutenção da casa. Atualmente consigo organizar tudo em pouco tempo, o que me permite focar as energias no que realmente vale a pena para mim: ler, ver filmes e cozinhar. Aliás, para se cozinhar, muitas vezes, precisamos de apenas uma panela e uma faca ou colher, e não de uma infinidade de utensílios caros (talvez um cozinheiro ou cozinheira profissional precise). 

Esses dias ouvi uma pessoa falar que prefere ler um livro a limpar um banheiro, e é bem por aí. Certamente eu limpo o meu banheiro, contudo se não houver tantos objetos expostos, o tempo que desempenharei fazendo a tarefa será mais curto e, assim, terei mais tempo para ler um livro, seja de literatura ou de estudos para o trabalho ou o curso que estou fazendo. 

Cada pessoa sabe a quantidade de coisas e sentimentos de que precisa guardar e viver tranquilamente sozinha ou em família. Não existem regras, nem números de quanta louça ou roupa é necessário ter. Uma pessoa que trabalha em escritório necessitará de vários trajes na semana, enquanto outra que trabalha em casa pode se virar com menos. Com crianças, precisa-se de mais aparato, naturalmente.

Obviamente ter uma cadeira apenas não é viável, nem para mim, mas dá para avaliar se eu realmente preciso de dois objetos que realizam a mesma função, como duas cafeteiras, por exemplo. Tenho duas cafeteiras, uma para café normal e outra para café expresso e as uso sempre em momentos diferentes, dessa maneira não haveria razão para me desfazer de uma delas. 

Contradição? Vocês entendem aonde quero chegar? 

Possua as coisas e não permita que as coisas possuam você. Esse tem sido o meu mote para uma vida mais simples e leve, o que pode soar como preguiça de limpar a casa para muitas pessoas, como já ouvi, tem-me trazido mais paz, muito mais paz! 

Esse período de pandemia me fez reavaliar o que realmente preciso manter e o que posso descartar. Adquiri um kindle, o que tem sido muito útil e será de grande valia em minhas futuras viagens. Mantenho ainda muitos livros de estudo, trabalho e de estimação, mesmo tendo reduzido a quantidade consideravelmente.  Muitos alunos meus se beneficiam do meu destralhe anual de livros. 

Não quero converter ninguém, nem que tomem minhas palavras como verdade absoluta. Chamem-me para um café, para uma conversa longa e desprendida, daí lhe conto sobre os benefícios de uma vida mais simples. Só não me chamem para fazer compras no shopping! A quarentena me ensinou a comprar até coisas de supermercado on line. Um café ou cinema no shopping, por que não? 

Esses dias alguém comentou que comer fora faz mal à saúde, o que concordo, parcialmente. Prefiro cozinhar a minha própria comida, mas não abro mão de um pastel de feira, sentada vendo a vida passar... Ou de um café com um pão de queijo em uma cafeteria local e de alguma cidade que visito. E a vida passa! Saibamos vivê-la!

UM TEMPO SOZINHA

Apesar de não parecer, sou uma pessoa muito introvertida. Essa característica me faz alguém que tira a energia de forma diferente das pessoa...