segunda-feira, 16 de maio de 2016

VIVER COM MENOS



Estamos na era do consumo em que as pessoas estão sempre em busca de coisas materiais que satisfaçam seu ego e mostrem a última tendência em moda, estilo de vida, carro etc. A mídia apela para as emoções e chama os consumidores a adquirirem os produtos que vão mudar a sua vida, ou seja, afirma que você só será feliz se comprar o tal carro ou o tal smart phone.
Em meio a tudo isso, as pessoas se sentem obrigadas a ter que ganhar mais dinheiro para poder comprar mais e mostrar que são felizes com tudo o que conquistaram na vida. Mas o que se precisa para ser feliz?
Hoje vi uma reportagem em um jornal sobre um homem que decidiu viver nas ruas para ajudar as pessoas necessitadas. Mora embaixo de viadutos, abrigos, vive da caridade das pessoas e tenta de alguma forma conscientizar outras pessoas a pararem de se drogarem e conseguirem  se sustentar, sem roubar ou cometer delitos. Esse homem afirma ser a pessoa mais feliz do mundo, pois se contenta com aquilo que tem. Fiquei pensando que felicidade é isso mesmo, ser feliz com o que se tem, trabalhar de forma digna para ter um certo conforto, fazer o que gosta.
Há algum tempo venho investindo nisso. Deixei de comprar roupas e sapatos e outras coisas que entulham minha casa e que em pouco tempo me fazem perder o interesse. Prezo pelo conforto, porém só tenho o que realmente preciso. Ainda tenho muitas coisas, não me desfiz de tudo o que não uso, mas a cada dia pego um objeto e faço a pergunta: "realmente preciso disso ou vou precisar um dia?" Se a resposta for 'não', já passo para frente, doo ou joga fora, caso não tenha uso para ninguém. Desse modo, vou ganhando espaço nos armários, fazendo pessoas felizes e deixando a minha vida mais leve. Mantenho apenas o que me dá conforto, uma boa cama, TV para ver os filmes e séries, um bom sofá, uma máquina de café e outra de pão e uma máquina lava e seca. Um computador que seja leve e me ajude no trabalho e um smartphone útil para as minhas viagens.
Como gosto muito de viajar, tenho uma boa desculpa para economizar, pois uma camisa de marca famosa ou gadget de última geração já paga uma passagem de avião de voo interno ou algumas estadas em um hotel. E é incrível como de pouco em pouco a gente consegue juntar uma grana para viajar. Não estou dizendo que deixo de viver por conta disso, mas priorizo o que desejo mais do que tudo que é conhecer o mundo.
Cada pessoa sabe o que é melhor para si e o que lhe traz felicidade, então para mim a sensação de conhecer um novo lugar é como entrar em um carro novo para algumas pessoas. Não critico quem prefira o carro, o importante é se sentir bem com o que se tem e poder desfrutar em paz.
Gosto também do conforto das novas tecnologias e as utilizo para facilitar a minha vida pessoal, profissional e de lazer, mas não fico na ansiedade de ser a primeira pessoa a comprar o tão sonhado aparelho de última geração, assim como aquele brasileiro que afirmou ter "zerado a vida" quando foi o primeiro do mundo a comprar o Iphone. Para mim, a sensação de "zerar a vida" é quando eu consigo fazer aquilo que realmente gosto, que é conhecer um novo lugar. Ao sair do avião eu digo "zerei a vida!".

6 comentários:

Sônia Rocha disse...

Zerar a vida fazendo o que se gosta.
META

Cristiane D Magnani disse...

Nós bem sabemos o que é isso né Sônia? ;)

Cristiane D Magnani disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sônia Rocha disse...

Esses teus textos estão demais! parabéns Cristiane

Cristiane D Magnani disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cristiane D Magnani disse...

Brigada Sônia! Bjus

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