quinta-feira, 2 de junho de 2016

O QUE APRENDEMOS NESSE PLANO




Quando somos crianças, acreditamos que temos muito tempo pela frente e não nos importamos como levamos a nossa vida. Somos imediatistas e queremos satisfazer as nossas necessidades momentâneas, sem nos dar conta de que um dia todas as nossas preocupações serão insignificantes diante da complexidade que é viver.
Na adolescência esse sentimento se intensifica e queremos fazer tudo, tomar decisões acertadas, e muitas vezes não notamos a brevidade do nosso tempo aqui nesse plano. Não vejo isso como algo negativo, pelo contrário, se não nos motivarmos a estudar, trabalhar, crescer, perderemos oportunidades de vencer e buscar algo melhor para vivermos confortavelmente no futuro.
Na idade adulta, muitos de nós continuam a ser imediatistas, tornando-se mais ansiosos em busca de objetivos e nem sabemos ao certo para quê corremos tanto, trabalhamos tanto, construímos tanto. Ah sim, é verdade, temos uma família, zelamos por ela, queremos proporcionar o melhor para que nossos cônjuges e filhos se sintam seguros e não passem pelas privações pelas quais passamos.
E assim vamos dando continuidade ao legado dos nossos pais, pensando da mesma forma: crescer, trabalhar, construir, perpetuar... Mas "pera aí"! Será que é esse o objetivo principal de estarmos nesse plano? Será que não podemos nos dar ao "luxo" de aproveitar um pouco daquilo que lutamos tanto para conseguir? A vida se resume a isso? Ou somos nós que não aprendemos a viver da maneira certa? Existe maneira certa de viver?
Nunca saberemos responder a todas essa perguntas porque na verdade não há resposta certa. Cada um de nós escolhe dar rumo a sua vida da forma que achar correta. E ninguém aqui tem o direito de palpitar na vida dos outros ou escolher a forma com que o outro deva viver. O que devemos fazer sim é nos mirar nos exemplos das pessoas ao nosso redor e achar o caminho que nos faz felizes.
Eu aprendi, vendo os erros e acertos das pessoas ao redor de mim, a valorizar mais cada momento em família e entre amigos. Já vi pessoas perdendo oportunidade de estar com as pessoas queridas porque tinham muitos afazeres e coisas a resolver. Porém, não sou eu que tenho que achar se essas pessoas estão certas ou não.
Hoje em dia, vivo de forma mais serena e aceito as decisões das pessoas, pois como disse, estar certo é algo relativo. Aliás, há diversas formas de se querer levar a vida, diversas formas de amar, diversas formas de ajudar as outras pessoas, diversas formas de dar continuidade ao nosso legado aqui nesse plano.


Nenhum comentário:

UM TEMPO SOZINHA

Apesar de não parecer, sou uma pessoa muito introvertida. Essa característica me faz alguém que tira a energia de forma diferente das pessoa...